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o espírito

de progresso

Há alguns anos, um homem de cinquenta anos que seguisse um curso para aperfeiçoar os seus conhecimentos sobre o trabalho ou melhorar a sua cultura geral era um animal curioso... um fanático do estudo.

Ainda recentemente, ele provocava admiração no povo, constituindo uma excepção numa época em que a astúcia e o desembaraço vinham substituir cordatamente o conhecimento profundo, constantemente renovado.

Nos nossos dias, a sua atitude consciente, dinâmica, eficiente, faz ainda aflorar o sorriso a alguns... mas cada vez mais amarelo, para tentar esquecer que já estão ultrapassados, à margem da tendência inexorável que impõe ao homem aperfeiçoar-se ou deixar-se ultrapassar.

Dentro em pouco, este estudante de meia idade será igual a toda a gente, arrastado pela necessidade de actualização contínua do saber, apoiado numa experiência que já não chega por si só.

Mas daqui a alguns anos, o homem de cinquenta anos que não frequentar cursos para aperfeiçoar os seus conhecimentos da profissão ou melhorar a sua cultura geral, fará pena... inspirará piedade.

E o homem de trinta ou quarenta anos, então!

"Travail et Maîtrise", Agosto-Setembro, 1962

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