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Por iniciativa do grupo «Clube de
Cidadãos», constituído por alguns professores da Escola Secundária
José Estêvão, tem estado ao dispor dos alunos durante a semana, no
átrio da escola, uma exposição alusiva ao 25 de Abril de 1974.
Este grupo de professores decidiu não deixar passar em branco a data
histórica e, em colaboração com alguns alunos, reuniu material
fotográfico, jornalístico e musical datado da época da revolução e
subsequente 1.º de Maio. |
A
par dos documentos históricos, estão também trabalhos executados pelos
alunos, nas aulas, a convite de professores.
Sobre o suposto alheamento dos jovens, relativamente à forma como se
comemora esta data, o presidente do Conselho Executivo concorda que a
comemoração das datas oficiais caiu na rotina dos dias e,
consequentemente, conduzem os mais jovens ao desinteresse. «Para quem
sempre viveu em democracia, a repressão é algo que está muito longe.
Dizer-lhes que antes era assim, não é a forma mais eficaz de os fazer
perceber uma distante realidade.»
Margarida e Rita frequentam o 7º ano. De passagem pelo átrio da escola,
disseram ao “Diário de Aveiro” que a organização desta exposição, e
eventos congéneres, «é importante para sabermos como surgiu a
liberdade».
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 |
Nomes como Otelo Saraiva de Carvalho e Salgueiro Maia parecem dizer
pouco a estas jovens, mas sabem que, numa época anterior chamada «Estado
Novo», não havia liberdade de expressão e que existia a Censura. |
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Como a principal conquista de Abril, elegem a liberdade de voto
universal para as mulheres. Incontornável parece ser a figura de Zeca
Afonso, de quem destacam, de imediato, «Grândola, vila morena». (...)
In: “Diário de
Aveiro”, 26 de Abril de 2007 |