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A grande questão que se coloca é a seguinte:
"Será que vale a pena separar o lixo?". Penso que é a pergunta que
vem à cabeça de qualquer um quando se fala sobre a separação do lixo
e reciclagem.
Para responder a esta pergunta, coloco outras:
"Será que vale a pena poupar água? Energia? Será que vale a pena
impedir o abate de florestas inteiras? Animais? Será que vale a pena
salvar este planeta?" A resposta a todas elas é só uma: sim. Pois
nós vivemos aqui. Não temos outra escolha. Portanto, vamos fazer a
diferença. Pela positiva. Não queremos vir a ser conhecidos, no
futuro, como a Geração Destrutiva, mas sim como a Geração
Regeneradora.
De facto separar o lixo não é
assim tão difícil. Existem apenas três contentores diferentes, com
cores bastante distintas.
O contentor amarelo é para as
embalagens (vulgares plásticos), a esferovite limpa, entre outros. O
azul é o local ideal para pôr o papel e o cartão do género jornais,
revistas e todo o tipo de publicidade que recebemos no correio,
principalmente nesta altura do ano. O verde é para material de vidro
do tipo garrafas de cerveja, vinho, refrigerantes, água, etc. mas
sem as respectivas tampas. Chegámos ao ponto, em que existem baldes
para o lixo caseiros com os respectivos separadores.
O
argumento que muita gente usa: "Não existe nenhum ecoponto perto de
minha casa" não é plausível. Será que custa assim tanto empilhar os
jornais, revistas e cartas antigas e levá-las semanalmente, ou até
mesmo de quinze em quinze dias, ao ecoponto mais próximo? O problema
aqui não é a falta de ecopontos, é a preguiça. Mas, reparem no
seguinte. Para além de estarem a contribuir para um ambiente
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melhor, também estão a contribuir para o vosso estado físico, porque
andar exercita o corpo, faz-nos bem! E se nos lembrarmos que muitos
de nós passam horas e horas sentados, sem fazer nada, à frente de
uma televisão ou de um computador, levar o lixo ao ecoponto será até
uma dupla vantagem..
Existem inúmeras campanhas de
sensibilização para este tema. Falemos da mais recente. O espaço
publicitário mostra-nos várias crianças, que dizem como separar o
lixo, que tipo de materiais se devem colocar em cada ecoponto e que
falam, inclusive, do ecoponto doméstico, ou seja, dos tais baldes de
lixo que tornam tão cómodo reciclar e ajudar o ambiente. Recuando um
pouco mais no tempo, quem não se lembra do Gervásio, o macaco que
conseguia separar o lixo em cerca de duas horas? Decerto que aqui
ninguém é mais ignorante que um macaco ou uma simples criança de 5,
6 anos, que não consiga perceber que é necessário separar o lixo e
que, mais do que isso, é o nosso dever.
Organizações mundiais, tais
como a Greenpeace, lutam diariamente para que os meros mortais se
preocupem com o futuro do planeta. Não são as nossas vidas que estão
em risco. São as dos nossos descendentes. Cremos que ninguém
gostaria que, num futuro talvez não tão remoto, os seus filhos,
netos e familiares não tivessem um local onde viver.
São estas pequenas ideias que
fazem a diferença. Tal como dizia o grande cientista: «Duas coisas
são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, no que respeita
ao universo, ainda não adquiri a certeza absoluta.»
Não nos deixemos cair na
ignorância. Aprendamos todos a reciclar e a reutilizar. E, nessa
altura, o mundo terá uma nova oportunidade para sorrir.
Afonso Graça, 11º C –
24/11/2005
No consultório, o médico
para o doente:
— Posso afiançar-lhe, meu caro senhor, que não tem nada. Pode ir
descansado.
— Ainda bem, Sr. Doutor. Quanto é que lhe devo?
— Cento e cinquenta euros.
— O Sr. Doutor vai ter de me desculpar, mas, por esse preço, tem que
me arranjar uma doença. |
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