Aida Viegas, O Tempo das Delícias (poesia), Cucujães, 1999, p. 14.

Harmonia

Verde que me enches os olhos
Queria levar-te comigo
Ir despojada de abrolhos
Ter em teu seio um abrigo.

Sabor a terra e a mar
Odor de Sol, maresia
Beleza Encanto sem par
Semeados com mestria.

Um cenário de encantar
Perde-se em cada ravina.
Figurante neste palco
Espraia-se o nosso olhar
Desce socalco a socalco,
Por entre o Sol, a neblina.

Quem me dera ter à mão
Tão doce paz que sacia
E fugindo ao turbilhão
Da vida do dia a dia
Beber com sofreguidão
Tua taça de harmonia.


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