A
agricultura biológica é uma forma de utilização racional e saudável
do solo, com a vantagem de não deixar resíduos tóxicos nos
alimentos que consumimos. É um novo método de exploração que se
desenvolveu e aperfeiçoou durante os últimos 50
anos. Tem como principais características recusar o uso de químicos
de síntese, associar a pecuária, e desenvolver a policultura,
tentando imitar um pouco o que se passa na natureza.
As
técnicas deste tipo de agricultura baseiam-se num conhecimento
aprofundado da vida do solo e dos equilíbrios naturais, e sobre a
sua utilização criteriosa com vista à produção de alimentos
ricos em elementos nutritivos e não poluídos. Os métodos da
agricultura biológica permitem conservar a fertilidade dos solos,
limitar a erosão, preservar
a fauna selvagem e a flora espontânea, evitar a poluição das
águas e dos terrenos e reduzir fortemente o consumo
de energia e de matérias-primas não renováveis.
Para
evitar o uso de pesticidas e herbicidas, a agricultura biológica
utiliza outro tipo de técnicas. Por exemplo, basta semear funcho
junto a alfaces que os caracóis já não atacam as alfaces. Há
também certas associações entre legumes que são muito
proveitosas. É o caso da cenoura com alho-francês. A lagarta da
cenoura é anulada pelo alho-francês e a mosca do alho-francês é
neutralizada pela cenoura.
As
ervas daninhas são o grande problema da agricultura biológica. Contra
isso não há adubo ou associação de plantas que resista. O único
meio de minimizar o problema
é através da utilização de plásticos, como é corrente usar-se
no cultivo de morangos.
MARINA
MARQUES, in: "Diário de Notícias", Suplemento de
9/4/1995 (adaptado).
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