Em 1228, D. Sancho concedeu
foral a Sortelha e mandou edificar o castelo. Este fazia parte de um
conjunto de fortificações que, de ambos os lados do rio Côa, protegiam a
fronteira por aquele definida.
Com as conquistas feitas por
D. Dinis na região e o subsequente Tratado de Alcanizes, em 1297, a
fronteira afastou-se para leste, retirando importância estratégica a
Sortelha. Apesar disso, este rei e, mais tarde, D. Fernando ainda
tiveram a preocupação de reforçar as suas defesas.
As tentativas de fixação de
população levaram à criação de um couto de homiziados, logo no século
XIV. Todavia, a fraca produção local nunca permitiu que estas
iniciativas tivessem grande êxito.
Com D. Manuel I, no século
XVI, a Vila voltou a beneficiar das atenções reais. Em 1510, o soberano
deu-lhe um novo foral, tentando incentivar o seu repovoamento e
desenvolvimento económico. Simultaneamente, o castelo sofreu obras de
beneficiação, como o atesta o brasão real ladeado pelas esferas
armilares sobre a porta de entrada. Outros vestígios desse período são o
pelourinho e algumas casas com elementos arquitectónicos
característicos.
A distância em relação à
fronteira e a pobreza da zona fizeram com que fosse perdendo
importância, até ser extinto o concelho em 1855, sendo integrado o seu
território no do Sabugal.
Em finais da década de 1990,
a povoação de Sortelha foi incluída no projecto das Aldeias Históricas,
sendo alvo de um extenso trabalho de reabilitação do seu património
arquitectónico.
Texto extraído da brochura
publicada pela C. M. do Sabugal. |