Rita Pinto C. R. Miranda, Poesia, 2003.

Mais tarde julgou...

I

Mais tarde julgou ser novo o desejo, mas acordou a chorar.
Depois vestiu-se de luto.
Pôs luas no cabelo e fingiu esquecer.
Às vezes ainda o vejo a vaguear.
Aprendeu a noite e as palavras.
O seu corpo não tem sombra, nem peso, nem ninguém.

Vinho. Poesia. E esse não sei quê no coração.

 

Página anterior     Primeira página     Página seguinte