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Tento esquecer o flagelo
Que, por vezes, o é… o Amor
Marca rugosa e tempestuosa de gelo
Que o tempo tatuou de dor
E o Esquecer não esquece…
Novo porto avisto,
(o receio, esse, nem me atravessou)
Mas ao amor cristalino assisto,
Soberbo, não raiou…
E o Esquecer não esquece…
Sim, mas gostava de saber…
Se em porto novo atraco, de sargaço,
Porque será que o barco a romper
Me prende com memórias e cabos de aço?
Esquecer que não esquece
Galga o barco num salto!
Preso, assim, aí apodrece
Nas ondas que seguiam alto!
Cunha o infinito âmago do meu
casco… o viver…
Ai raios, Esquecer!
As fragas irrompem!, esquece-te, Esquecer!
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