|
Natal é a luz, é a bondade, é o calor
Da solidariedade e da compaixão,
É uma ode à clemência, é glória divina
A cobrir de esperança a Terra inteira
E em especial aos que, na solidão
Sofrem de frio, de fome, e o desamor
Na sanha de uma violência guerreira.
Natal é a ânfora das essências
A perfumar de paz os presentes
E a sagrar a evocação das ausências,
A eterna desesperança de regresso
Dessas saudosas estrelas refulgentes
Perenes luminárias nas consciências
Do nosso íntimo e obscuro universo.
Seja este Natal a nova canção
Um cântico, a hosana suprema
Onde a fraternidade e o perdão
Sintam a vera música no coração
No repicar dos sinos dum poema.
M. Barreiro
|