Começa o jogo. As primeiras jogadas são de natural nervosismo, estudando-se as equipas mutuamente. Passado que foi este período, a equipa do Recreativo começou a tomar certo ascendente e consegue ganhar o primeiro jogo, embora com certa dificuldade, devido à brilhante resistência oferecida pelo seu adversário. O 2.º jogo foi ganho igualmente pelo Recreativo, que evidenciou mais poder físico e beneficiou da natural desmoralização do seu antagonista, pelo que ganhou, ainda, os restantes 3 jogos que se seguiram, em jeito de desforra.

No final e como prémio da brilhante vitória alcançada, foi entregue ao Sr. Carlos Grangeon, pela nossa colega Maria José, um farto ramo de tramagueiras, gentileza que aquele Senhor agradeceu muito sensibilizado, não pelo valor intrínseco do referido ramo, mas somente pelo seu alto significado.

As equipes contendoras foram dignas dos mais efusivos encómios pelo desportivismo que empregaram na luta, a par do seu melhor esforço e saber.

O juiz da partida, pela imparcialidade com que julgou todas as jogadas, é digno igualmente duma menção honrosa.

E aqui está, duma maneira muito sintetizada, uma história simples mas verídica que, se outro mérito não teve, serviu no entanto para confirmar o Baptismo do nosso prometedor Grupo.

Antes de terminar, quero pedir mais uma vez muita desculpa pela pobreza das roupagens deste ínfimo historiador que quisera possuir os mesmos de um Heródoto, Walter Scott ou Alexandre Herculano, para quem a natureza foi pródiga; mas, nessa impossibilidade, termino com o mesmo ditado que no princípio mencionou:

«Quem dá o que tem, a mais não é obrigado»!