“A missanga
todos a vêem.
Ninguém nota o fio que, em colar vistoso, vai compondo as missangas.
Também assim é a voz do poeta: um fio de silêncio costurando o
tempo”
Mia Couto, “O Fio das Missangas”
“Nós temos cinco sentidos:
São dois pares e meio de asas.
Como quereis o equilíbrio?”
David Mourão-Ferreira
“A roupa dói-nos porque, embora
nos cubra a pele, é dentro
do espírito que estão os tecidos amarrotados”
Luís Miguel Nava
“ O que é o homem se não um gafanhoto voando no tempo?”
Lídia Jorge, “A Costa dos Murmúrios”
“Talvez a própria vida seja isto
passar montanha e mar sem se dar conta
de que o único sentido é procurar”
Manuel Alegre, “O Quinto Poema do Português Errante”
“ O tempo é a maré que leva e traz
O mar às praias
Onde eternamente somos”
Ruy Belo
“E por vezes as noites duram meses
E por vezes os meses oceanos
(…)
Encontramos de nós em poucos meses
O que a noite nos fez em muitos anos”
David Mourão-Ferreira
“Os livros não mudam a História, mas mudam a nossa história
pessoal.”
António Tabucchi
“A escrita é muda. O escritor habita o silêncio da palavra.(…)
A escrita é muda, mas a leitura exige muitas vozes.”
Ana Hatherley
“No pensamento entra-se e sai-se livremente.”
Maria Gabriel Llansol
“Saudade é um passo de dança português em que um pé está na
despedida e outro no reencontro.”
Aleksandra Pluciennik, estudante polaca na Universidade
de Aveiro, 1/5/04
“ Uma estrela espera-te desde toda a eternidade. Procura-a. E vê
se a não perdes depois para durante a vida inteira, se acaso é
possível, encontrá-la.
Mas a tua estrela pode não estar no céu. Põe-na lá.”
Vergílio Ferreira, “Pensar”
“As minhas mãos lançaram pedras
Nos alicerces do mundo.
Mereço o meu pedaço de pão.”
Agostinho Neto, “Sagrada Esperança”
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