A Cava do Viriato era um octógono regular constituído por uma alta trincheira de terra batida, primitivamente cercada por um fosso ou valada de água, de que ainda existe uma pequena extensão. A água, para este fosso, era encaminhada do rio Pavia e da ribeira do Pintor, assim como das nascentes locais.

A origem deste remoto monumento é provável que tenha sido uma fortificação romana. A sua construção poderá ficar a dever-se à necessidade de uma fortificação militar de apoio à grande quantidade de vias romanas que passavam e partiam da cidade de Viseu.

A cidade adoptou Viriato como seu herói numa leitura romântica que fez a sua história. Confunde-se a lenda e a história deste pastor lusitano, cujo berço certo ninguém sabe onde o teve. Batalhou nos campos do sul de Espanha, chefiando os lusitanos nas lutas contra os romanos, que ameaçavam os limites do seu território. Morre atraiçoado por alguns dos seus companheiros de armas que a vileza do seu inimigo comprou. Todavia, a glória do seu nome, que permanece, é a sua suficiente vingança.

Viseu guarda a memória de Viriato e evoca-o no monumento erigido junto à Rotunda da Feira de S. Mateus, monumento que o escultor Mariano Benliure ergueu em 1940, fronteiro à Cava, que lhe guarda uma vez mais o nome.

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