Biblioteca / Centro de Recursos Educativos da Escola Secundária José Estêvão - Aveiro.
 
 

Recursos Audiovisuais


    

Triscópio ou Xermascópio

         O triscópio ou xermascópio é um meio visual de projecção, constituindo, no fundo, uma variante do diascópio ou projector de diapositivos. Tem, no entanto, a vantagem de constituir uma maleta facilmente transportável, contendo máquina e ecrã incorporados. Tal como se mostra no esquema da figura, é constituído pela caixa de transporte de secção quadrada (n.º 1), por uma haste articulada de suporte (n.º 2) do projector (n.º 3), o qual pode ser colocado em várias posições. A projecção pode fazer-se directamente num ecrã translúcido, uma vez amovida a cobertura de protecção, que constitui o tampo da maleta (n.º 6) ou, baixando o tam­po, num ecrã fixo na parede da sala.

         Os triscópios existentes permitem projectar diaposi­tivos ou diafilmes sem necessidade de escurecimento da sala, desde que se utilize o ecrã translú­cido, assistindo os alunos como se estives­sem em frente de um televisor. As imagens projectadas são bastan­te brilhantes, desde que não nos afastemos muito do eixo de projecção.

         Nos modelos actualmente existentes, já antiquados e substituídos actualmente por sistemas modernos mais compactos, embora talvez não tão versáteis, o utilizador deve ter o cuidado de nunca se esquecer de ligar o interruptor do sis­tema de ventila­ção. O triscópio é particularmente útil quando  pretendemos apresentar diaposi­tivos ou diafilmes com um grupo reduzido de pessoas. Para turmas exageradamente grandes, como costumam ser habitualmente nas actuais condições de ensino em Portugal, é preferível a utilização do diascópio.

 

Aspecto esquemático de um triscópio ou xermacóspio.

         Convirá expli­car, uma vez que o referi­mos, o que é um diafil­me. De uma maneira geral, o diafilme e o diapositivo (vulgarmente conhecido pelo termo inglês «slide») são idênticos: ambos são obtidos numa película inversível de 35 mm, mediante fotografia. Em vez das imagens serem cortadas e montadas num caixilho, o diafilme é constituído por uma sequência de imagens, dispostas horizontal ou verticalmente, segundo uma determinada ordem lógica, que se vai enrolando numa bobina de recepção, à medida que as imagens vão sendo projecta­das.

         O número de imagens que pode ser obtido com uma máquina depende do tamanho do rolo e do formato da máquina. Habitualmen­te, encontram-se no mercado películas inversíveis para 24 ou 36 exposições. As máquinas normais de 35 mm permitem um número de imagens de acordo com o rolo, no formato 24 x 36 mm. No entanto, há máquinas com o formato 18 x 24 mm, ou seja, metade do tamanho, permitindo o dobro das fotografias. Se desejarmos que as imagens venham da revelação por cortar e montar, ou seja, constituindo um diafilme, deveremos ter o cuidado de informar previamente o laboratório.

        

          Se o diafilme tem a vantagem de permitir o enrolamento da película e sua conservação numa cai­xa cilíndrica de metal, a verdade é que as suas desvanta­gens são grandes, facto que terá contribuído para a sua quase extinção: só pode ser utilizado em projectores preparados para diafilmes; o enrolamento leva à deterioração das imagens, que acabam por ficar riscadas; não permite alterar facilmente a sequência das imagens durante a projecção; não permite a realização de montagens sonoras.

   
    In: Henrique J. C. de Oliveira, Meios audiovisuais e tecnológicos aplicados ao ensino, Aveiro, 1992, pp. 50-51 (edição limitada do autor).

    

 

 

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