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As referências documentais mais precisas ao território de S. Pedro do Sul datam do séc.
XI, mas é possível encontrar, a montante daquela data, linhas de continuidade histórica.
Este quadro torna perceptível que o território se achava então já povoado e organizado em características unidades de exploração agrária (villas), disseminadas pelas zonas de vale, em estreita articulação com o rio Vouga e os seus dois principais afluentes, o rio Sul e o rio Varoso.
Nas áreas de S. Pedro, os elementos congregadores são unidades religiosas conventuais que, pela sua proximidade e mútuo benefício ao traçado viário, contribuem para a polarização do povoamento. Na área do Banho (termas), a polarização justificar-se-á pelo aproveitamento termal da nascente sulfurosa, na continuidade da ocupação romana (o Balneum) e que terá certamente reforçado o ponto onde a via romana haveria de cruzar o rio Vouga.
Alguns topónimos permitirão inferir origens romanas e alti-medievais (Reconquista cristã), para algumas das actuais povoações: Ansiães (Ansilanis, villa de Ansila), Nodar (Notarei, villa de Notarius) ...
Todas estas unidades de povoamento integravam uma mesma unidade territorial e
administrativa, a Terra ou Julgado de Lafões. Sabe-se que, ainda no reinado de D. Dinis, todo o território se agrupava sob o designativo de Lafões.
D. Manuel atribuiu-lhe foral novo em 1514. |