Quase todos os animais estão dotados de câmaras estereoscópicas. Todos os mamíferos, entre os quais o Homem, possuem câmaras estereoscópicas de elevada precisão óptica, tanto mais rigorosas quanto maior o afastamento entre os globos oculares.

A visão humana é de tipo estereoscópico, ou seja, os nossos olhos fornecem-nos duas imagens daquilo que observam ligeiramente diferentes uma da outra. Há uma ligeira diferença de angulação, que origina duas imagens parecidas, mas na realidade diferentes. São duas imagens que o nosso cérebro consegue sobrepor numa única. É graças a essa diferença de angulação e sobreposição que obtemos a noção de relevo, permitindo-nos situar espacialmente os diferentes objectos.

Os nossos olhos não são mais do que aperfeiçoadíssimas câmaras ópticas, fornecedoras de imagens do mundo envolvente, que o nosso cérebro recebe e trata adequadamente, permitindo-nos uma percepção quase sem erros da realidade. E dizemos «quase sem erros» porque, na realidade, por vezes, somos enganados pelas chamadas «ilusões de óptica».

Foi graças ao estudo anatómico da visão humana que o Homem alcançou o progresso actual nas tecnologias de captação de imagens.

Se quiseres reflectir um pouco acerca disto, lê atentamente as páginas que brevemente aqui te apresentaremos. Talvez nelas encontres alguma coisa de interessante acerca das diferentes técnicas que têm sido inventadas para recriar artificialmente a visão estereoscópica. Para isso, deves ir consultando, de tempos a tempos, estas páginas, porque, aos poucos, os conteúdos vão sendo aumentados.

 

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