Forum Romanum 

 

 
 
 


Edifícios Públicos

 

 

Basilicae - a Basílica, da palavra grega que significa “real” (subentenda-se casa), era um saguão coberto, dividido em corredores por fileiras de colunas, usado para actividades judiciais ou outros serviços públicos, ou como um bazar. Eram salas de reuniões para os políticos, agiotas e publicani (homens de negócios contratados pelo Estado para cobrar os impostos. Podiam cobrar quanto quisessem e embolsar a diferença. Este é o motivo pelo qual os publicanos citados na Bíblia eram tão odiados. A mais antiga, segundo consta, foi construída por ordem de Pórcio Catão, em 184 a. C.. Havia cinco ou seis basilicae nas imediações do Forum, no fim da época republicana. Uma espécie de basílica, com corredores flanqueando uma nave, tornou-se o protótipo das igrejas cristãs.

 

 

Basilica Aemilia  - originalmente era um edifício rectangular, em colunatas, com piso de mármore multicolorido e tecto coberto de ladrilhos de bronze, mandada construir pelos cônsules Marcos Emílio Lépido e Marcos Fúlvio Nobilor. Foi destruída pelo fogo quando os godos saquearam Roma, em 410 d. C. Os negócios, apesar de tudo, prosseguiram até ao último momento, pois o piso está cheio de moedas que derreteram com o fogo.

 

 

Basilica  de Maxêncio e Constantino - Era o maior edifício do Forum . A obra começou no séc. IV, na época do Imperador Maxêncio. Quando foi deposto por Constantino após a batalha da Ponte Mílvio, em 312 d. C., a  construção  continuou  sob  o  novo   regime.  Media cerca de 65 m e tinha três amplos tectos abobadados. Foi originalmente desenhada para ter uma longa nave e galerias laterais dispostas no sentido leste-oeste, mas Constantino deslocou o eixo para criar três galerias mais curtas e largas. O edifício tinha 35 m de altura e, na extremidade oeste, uma estátua de 12 m do Imperador, feita de madeira e mármore. Os ladrilhos dourados do tecto foram tirados, para cobrir o piso da antiga igreja de São Pedro.

 

 

Basilica  Iulia - foi mandada construir por Júlio César. Era a sede dos Centumuiri, um corpo de cento e oitenta magistrados que julgava casos de direito civil. O público que ia assistir aos julgamentos passava o tempo entre um julgamento e outro, nos degraus da basílica, jogando aos dados ou outras formas de entretenimento. Como outras basílicas romanas, o edifício foi usado para administração da justiça ou para  a realização de negócios.

 

 

Rostra – no coração do Forum encontrava-se a Rostra (tribuna da qual os políticos se dirigiam ao povo). Adornavam-na as proas de bronze (rostra) das naus capturadas em Âncio no ano de 338 a.C. um dos discursos mais famosos foi de Marco António, realizado após o assassinato de Júlio César, em 44 a.C.

 

 

Coliseu – A leste do Forum, Vespasiano iniciou a construção do Coliseu, o maior anfiteatro de Roma, era o centro de entretenimento. Foi mandado construir em 72 d.C., num terreno pantanoso de um lago onde estava o palácio de Nero, a Domus Aurea. O Coliseu foi construído com blocos de mármore trazidos para Roma por uma estrada de 6m largo, traçada propositadamente para esse fim. Forma, sobre dois eixos de 188 e 156 m, uma oval quase redonda de 550m de circunferência, atingindo uma altura de 57m.

     Permitia o fácil acesso de 55 mil pessoas pelas suas 80 entradas em arco. Era constituído por quatro pisos, consistindo os três primeiros em três séries de arcadas, originariamente ornadas com estátuas. Tinha no cimo um mastro onde se pendia o uelarium, toldo enorme de lona destinado a proteger o público e os combatentes, quer do sol, quer da chuva. Nos espectáculos nocturnos, suspendia-se sobre a arena um enorme candelabro de bronze. No pódio, amplo terraço, sentavam-se o Imperador e as pessoas que pertenciam às classes ricas superiores. No centro, ficava a arena de 76m x 46m, reservada aos combatentes. No Coliseu, os Imperadores realizavam espectáculos  que em geral começavam com animais, vindos do Oriente e Norte de África (leões, elefantes, hipopótamos, zebras, alces) e depois prosseguiam com gladiadores que combatiam entre si até à morte. Em Roma assistiu-se pela primeira vez a lutas de gladiadores no ano de 246 a.C., no funeral de Marco Bruto onde lutaram três pares de gladiadores. César, em 64 a.C. integrou a luta de gladiadores no funeral da sua filha Júlia. De resto, o ritual funerário enraizou-se de tal modo que as pessoas antes de morrer determinavam, em testamento, os gladiadores que lutariam após a sua morta. Dado o prestigio que este espectáculos alcançaram , o Senado viu-se obrigado a incluir a luta de gladiadores entre os espectáculos públicos no ano de 105  a.C. No entanto, os excessos rapidamente começaram a surgir, pelo que foi necessário legislar sobre estes combates  (leges gladiactoriae). Os jogos de Coliseu eram anunciados com antecedência e na véspera oferecia-se um banquete (cena libera) como se fosse a última consolação aos próximos combatentes. Os espectáculos eram marcados por grande solenidade, pompa e aparato. Começavam com uma grande parada e os gladiadores , descidos dos carros, davam uma volta  à arena. Quando passavam diante da tribuna do Imperador, com a mão direita estendida, num gesto de homenagem, dirigiam-lhe a fatídica saudação “Aue imperator, morituri te salutant...”. O Coliseu pode ter recebido o nome duma imensa estátua de bronze dourada – Colosso de Nero – que ficava próxima do anfiteatro.

 

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Dez.2000