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ACORDA MEU ALENTEJO

F. M. Neves Jordão

  Fui ontem visitar o meu Alentejo,
Essa terra aonde a paz gerava amor,
Fui ontem visitar o meu Alentejo,
Aquele povo humilde e sonhador,

Fui ontem visitar o meu Alentejo,
Aquele Povo humilde e sonhador.

E vi, nesta (na nossa) sociedade deletéria,
O mesmo que outrora vi na minha infância,
Vi gente com dignidade na miséria,
E os torpes transbordando de abundância,

E vi nesta (na nossa) sociedade deletéria,
O mesmo que outrora vi na minha infância.

Fui ontem ver se via no Alentejo,
Os restos dum passado heróico e nobre,
Vi os campos que deram pão, agora brejos,
Deixando aquela gente ainda mais pobre.

Fui ontem ver se via no Alentejo,
Os restos dum passado heróico e nobre,

Levanta-te ó meu Povo, olha em frente, basta de seres pequenino,
Não vivas de joelhos, mas sim, de rosto erguido,
Impõe a fraternidade, a tua fraternidade, como é o teu desejo.

Toma tu, mas só tu, nas tuas mãos, as rédeas do teu destino,
Ignora essas promessas vãs, vazias de sentido,
E então sim, serás feliz, meu Alentejo.
 

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