Última hora: relatório do SIS

 

De: F. Lacerda ????@prof2000.pt
Date: Tue, 09 Oct 2001 14:35:32 +0100
To:
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Assunto: Última Hora: Relatório do SIS
Nota: embora com substancial atraso,
aqui vai esta e a seguinte!
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Um relatório do SIS e do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras recentemente revelado informa que o atentado perpetrado nas cidades de Nova lorque e Washington estava destinado a ser cometido única e exclusivamente na cidade de Lisboa.

Por diversos motivos que passaremos a detalhar, segundo as informações entretanto recolhidas, dois terroristas de algum lugar do Médio Oriente chegaram a Lisboa com a firme determinação de executar o "castigo de Alá para com os infiéis portugueses". Tal castigo não pôde ser levado a cabo.

Eis a história e o itinerário seguido pelos 2 terroristas uma vez chegados ao nosso país:

 

Domingo 23.47

Chegam ao aeroporto da Portela, via aérea, vindos da Turquia, saem do aeroporto com oito horas de atraso depois de conseguir recuperar as bagagens que estavam perdidas. Apanham um táxi. O taxista vê-os pelo espelho e ao ver a pinta de turistas que tinham resolve passeá-los por toda a Lisboa durante uma hora e meia. Ao ver que não abriam o bico depois de lhes ser cobrado 20 contos pela tarifa, resolve tramá-los e por telemóvel chama um cúmplice que entra no táxi na Rotunda de Algés. Depois de uma carga de porrada e de lhes terem roubado todos os pertences, deixam-nos em Monsanto na companhia dos esquilos.

 

Segunda 4.30

Ao acordar, depois da carga de porrada, conseguem chegar a um Hotel da Segunda Circular. Ao voltar de carro do hotel para o centro, são confrontados com uma manifestação da Fenprof em conjunto com uma de funcionários camarários e outra de agricultores do Alentejo, juntamente com alguns condutores de tractores do Oeste. Ficaram retidos no trânsito por tempo indeterminado.

 

7:30

Chegam ao Rossio (Por fim!). Precisam de trocar dinheiro para se movimentarem sem levantar suspeitas. Os seus dólares são trocados por Notas falsas de cem euros.

 

7:45

Chegados à Portela tentam embarcar num avião que se desfizesse sobre a Ponte 25 de Abril. Os pilotos da TAP estão em greve. Exigem que lhes quadrupliquem o ordenado e reduzam as horas de trabalho. Os controladores de voo queixam­-se do mesmo. O único avião em pista é da Sata Internacional e já tinha 13 horas de atraso em relação à hora prevista da partida. O pessoal de terra e os passageiros acampam no aeroporto, gritam palavras de ordem contra o governo e os pilotos. Chega a brigada de intervenção da PSP que distribui paulada por todos os presentes.

 

19:05

Por fim, os ânimos acalmam-se. Dirigem-se ao balcão de uma companhia não identificada e pedem dois bilhetes para o Porto. Sempre com a intenção de o desviar e fazê-lo explodir contra um dos pilares da ponte. Mas o funcionário do balcão (um tal de Octávio Machado) vende-lhes bilhetes de um voo que já não existia!!!

 

19:07

Tendo em conta o avançado da hora, discutem entre si se deverão executar o plano ou não. Fazer explodir a ponte e tudo ao redor já lhes parece mais uma obra de caridade que um acto terrorista.

 

20:30

Mortos de fome, vão comer algo no bar do Aeroporto. Pedem duas chamuças e rissóis de camarão com salada russa.

 

Terça 00:35

Recuperam no Hospital de São José de uma dose de cavalo de salmonela causada pela salada russa, depois de terem esperado toda a noite para que os atendessem. A recuperação teria sido rápida não fosse o desmoronar do tecto da enfermaria onde foram instalados.

 

Terça 19:00

Uma semana depois têm alta do hospital e ao passarem pelo Bairro Alto vêem-se envolvidos numa rixa entre gangs rivais de skins, que se unem para lhes dar outra valente sova. Decidem "dar de beber à dor que é o melhor" visto que nada lhes sai de feição. Várias garrafas de uísque de Sacavém levam-nos outra vez ao hospital com uma infecção por consumo etílico.

 

Quarta

Escondem-se num contentor do primeiro barco que encontram e resolvem fugir do país na esperança de chegar a Marrocos. Com uma ressaca monumental, juram por Alá não voltar a tentar nada no nosso "abençoado" país. Decidem fazê-lo nos EUA por ser muito mais fácil! VIVA PORTUGAL
 

Data de inserção
11/3/2006

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Colaboração
F. Lacerda