Manifesto Anti-Feira

A Festa da Costa Nova

Vem-se transformando, há anos,

De Festa Religiosa,

Numa feira de ciganos.

À Senhora da Saúde,

Santinha de Devoção,

Vinham muitos peregrinos,

Para a missa e procissão.

Agora compram sapatos

E roupas falsificadas,

Sujeitando-se a assistir

A distúrbios com facadas.

O Comércio fecha as portas,

As pessoas vão-se embora.

Estão a fazer, desta Festa,

Um negócio prós de fora.

As ruas viram lixeiras.

WCs?, jardins, quintais.

O trânsito é impossível.

Arre chiça!, que é demais!

Em tempo de austeridade,

Poupe-se na estupidez:

Acabem lá com a feira,

Façam a Festa outra vez.

                     25.10.2011

Vougata

Desde a Lapa até à Ria,

Passando por Macinhata,

É a viagem do Vouga.

Não é longa, mas é chata.

Mas apesar de ser chata,

A viagem é ingrata,

Pois depois de Macinhata,

Passa na Ponte da Rata,

Com suas águas de prata,

Nas quais nada muita pata,

Talvez provindas da Mata,

Que vê passar a Regata,

Inventada há longa data,

Por este que disparata,

Usando rima barata,

Mas feita com muita lata.

                     09.01.2014

Boas Vindas Celestiais

Quando tu chegares ao Céu,

Dir-te-á o Portageiro:

"Entra pela Via Verde,

És freguês do Ceboleiro".

Oferecida ao

Restaurante Ceboleiro

                 14.04.2014