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N.º 13

Publicação Semestral da Junta Distrital de Aveiro

Junho de 1972 

Homens do Porto – Barcelos e Vila da Feira

Por Roberto Vaz de Oliveira


Licenciado nas Faculdades de Direito e Letras – Secção de

Ciências Histórico-Geográficas – pela Universidade de Coimbra

1 MAESTRO MIGUEL ÂNGELO PEREIRA

Músico e compositor

Na VILA DA FEIRA

«Há naquela fronte um raio de luz que transverbera do interior do crânio, porque lá dentro está o fogo, o génio, a inspiração» (Alberto Pimentel – in revista «A Esperança») 

Miguel Ângelo Pereira nasceu em Barcelinhos, Barcelos, em 27 de Janeiro de 1843 e faleceu na cidade do Porto em 1 de Fevereiro de 1901. Foi baptizado nesta cidade, por aí viverem seus pais.

Era filho primogénito de Bento de Araújo Pereira, que foi o seu primeiro professor de música e de sua mulher D. Ludovina Rosa de Jesus.

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Miguel Ângelo Pereira

Foi casado com D. Elvira Vidigal de Resende Pereira.

Teve uma vida muito acidentada.

Seu pai emigrou para o Brasil por motivos políticos: para aí foi também Miguel Ângelo, depois de se ter mantido em Portugal, durante anos, auxiliando o sustento da sua casa com o pouco rendimento que auferia, ajudando à missa; aos 8 anos já fazia parte do coro infantil da Igreja da Lapa, no Porto.

No Brasil foi discípulo de Segismundo Talberg e de Francisco Manuel da Silva: aí tirou, no Conservatório, os cursos de composição e piano revelando-se, desde logo, um apreciável músico.

Regressou ao Porto aos 20 anos, iniciando então a sua carreira como professor e compositor.

Como organista foi discípulo do artista Vidor.

A sua biografia, com um resumido estudo sobre a sua obra, está publicada na Grande Enciclopédia Luso-Brasileira, vol. 21, fls. 162.

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Dela colhemos muitas das notícias que aqui damos, como já o fizemos no estudo publicado na revista «Aveiro e o seu Distrito» – número 8, de 1969, pág. 63 e seguintes.

Para o seu estudo, podemos ainda citar o Dicionário de Música Ilustrado de Tomás Borba e Fernando Lopes Graça, pág. 362 e 363 – vol. I – Z (2.º) 1958, «O Tripeiro» de 10 de Outubro de 1966, com desenho de Manuel Monterroso e muito especialmente o destacado estudo de Alberto Moreira na mesma revista – O grande pianista e compositor «portuense» Miguel Ângelo – reunido em volume em 1956 sob o título de / 34 / «Miguel Ângelo. Esboço bibliográfico do talentoso maestro e compositor «portuense».

A ele se refere a Revista Musical.

Guilherme Braga também traçou a sua biografia, com elogiosas referências, no número nove do «Porto Elegante» de 1865.

Alberto Soubiés, na sua História da Música, exaltou os seus méritos: considera-o um «pianista de talento» que com facilidade abrangia todos os géneros de música.

Durante dezenas de anos evidenciou-se no Porto com as suas composições e audições, em época em que esta cidade contava no seu seio outros grandes artistas. / 35 /

Outro tanto, no Brasil, ascendeu ao lugar de organista particular da capela do Imperador.

Entre as suas obras notáveis contam-se a marcha «Progredior» dedicada ao Porto, um «Te-Deum Laudamus» a quatro vozes, a grande orquestra, que foi executado nesta cidade quando aí se inaugurou, na Praça da Batalha, a estátua a D. Pedro V, cantado pelo deão e executado pela orquestra do senhor Silvestre, para tal fim composta por oitenta professores («O Tripeiro» n.º 5 de Setembro de 1956 – fls. 150 e separata fls. 23) e a «Marcha improvisada».

Alberto Moreira no mesmo «O Tripeiro – n.º 3 de Julho de 1956 fls. 87 e citado livro fls. 20, é de parecer que algumas das composições de Miguel Ângelo foram feitas, a convite de algum mestre de Capela – o referido Silvestre ou Canedo.

Este Silvestre – Silvestre de Aguiar Bisarro – era o pai do grande feirense Dr. António Augusto de Aguiar Cardoso, que foi mestre da capela de S. Silvestre no Porto, por si fundada e da qual foi director-proprietário.

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Como maior afirmação do seu talento, como artista, Miguel Ângelo compôs uma ópera intitulada «Eurico» com base no livro do mesmo nome de Alexandre Herculano, representada em S. Carlos – Lisboa – em 1870, no Teatro de S. João – Porto –, pela primeira vez em 1874 (onde lhe foi oferecida uma batuta de prata) e ainda nesta cidade repetida por várias vezes. Também foi executada no Rio de Janeiro em 1878.

Legou-nos, ainda: a «Cantata a Luís de Camões» que se diz ter sido escrita em quinze dias e foi executada a 10 de Junho de 1880 na Nave Central do Palácio de Cristal; «Ondina», quinteto de piano e instrumentos de corda, em ré maior; os quartetos de corda, «Scherse» (alia gallega) e «Mi Lá Ré Sol Dó»; «Fantasia Heróica», escrita para peça de concurso para o certame musical de Braga em 1894; «Adamastor», sinfonia a 6 pianos e ainda diversas peças para piano e canto com letra de João de Deus e de outros poetas; a ópera «Laida», que só foi dada a publicidade depois da sua morte (em parte reproduzida na Revista Musical n.º 7 – fls. 3) e cuja partitura está em Leipzig; «Avalanche»; «Stabat Mater» e um «Libera-me».

Foi ainda Miguel Ângelo quem musicou a «Marcha do Ódio», com versos de Guerra Junqueiro.

Produziu ainda outras obras arroladas na dita Grande Enciclopédia e mencionada Revista Musical, onde se informa ele ter usado o pseudónimo de Sam.

No Porto fundou e dirigiu a «Sociedade de Quartetos», que mais tarde foi integrada no Orfeão Portuense.

Foram seus discípulos Óscar da Silva, D. Teresa Amaral, Artur Pereira, Ernesto Maia e D. Maria S. Vasconcelos Leão.

Tinha um temperamento irascível, o que lhe concitou más vontades que muito o prejudicaram, sobretudo depois da publicação da revista musical «Eurico».

Depois de 1885, a par da decadência como artista, deterioraram-se as suas faculdades mentais até que veio a falecer numa casa de saúde do Porto em 1 de Novembro de 1901, deixando um grande nome como maestro, professor de música, organista e compositor.

Miguel Ângelo foi nobilitado por grandes homens do seu tempo, entre os quais podemos citar o arqueólogo e crítico de arte Dr. Joaquim de Vasconcelos e o poeta Guilherme Braga – que lhe dedicou os seguintes versos:

       A MIGUEL ÂNGELO PEREIRA

Dante soube moldar na estrofe a santa ideia;

Fídias gravou-a em bronze e à pedra a transmitiu;

Rafael, com a luz que as almas incendeia,

Dando-lhe uma existência, a tela coloriu.

 

Tu, como eles também, de glória coroado,

Ouves, cantar-te em roda uns espíritos bons,

E, ao sol da Arte sublime, ó sublime inspirado,

Tu dás à ideia a forma invisível dos sons!

              («Heras e Violetas» – 1.ª edição, fI. 99)

 

                     A MIGUEL ÂNGELO

(No benefício do distinto maestro, cantando-se o Eurico)

 

À vasta inspiração do génio soberano,

Que, em face às multidões, abrasa o génio teu,

É viva como o sol, grande como o oceano,

Sublime como a luz, profunda como o céu!

 

Pulula-te no crânio a ideia, a forma austera,

Que s'expande depois nuns turbilhões febris,

Como a fervente lava irrompe da cratera!

Como a espuma se arroja aos negros alcantis!

 

Do triste cismador dos ermos da Carteia,

Cinzelara Herculano a estátua colossal,

Drama que assombra a História, o Cântico, a Epopeia?

Misto d'inferno e céu! foco do bem e do mal!

/ 36 /

D'Eurico a imensa dor tu viste-a de perto!...

Desceste àquele abismo a aprofundar-lhe o horror,

E a gente ouve rugir os ventos do deserto

Na voz que deu à estátua o audaz compositor!

 

Uma cidade inteira, artista, e que cidade!

Te vem poisar na fronte a coroa triunfal!

Lê-se nos seus brasões: «Trabalho e liberdade!»

Folga, anima-te, exulta, espírito imortal!

 

Dás glória ao teu país! Por entre os portugueses

Não podias passar desconhecido e só!

Perdoa a afronta vã que te assaltou por vezes:

– Sonha, que em sombras jaz! Pó que volveu ao pó!

 

Quem não há-de sentir orgulho de saudar-te

No ardente frenesi d'esplêndida ovação,

Se tens escritos n'alma os Evangelhos d'Arte?

Se tu nasceste aqui? Se tu és nosso irmão?

(Versos coligidos por Dr. Rodrigo Veloso – pág. 23)

 

Ainda se vê outra referência ao maestro numa poesia dedicada a Ernesto Pinto de Almeida (21 de Maio de 1865).

/ 37 /

Tu vês mais perto ainda um círculo de amigos,

– Liras de que o futuro há de extrair um som,

Agrupados ali como num Pantéon.

Alexandre (Alexandre da Conceição autor das Alvoradas)...

Dias (José Dias de Oliveira, autor da lira íntima)...

 

...         .           ..          ...         ...         ...         ...

Casimiro d'Abreu nascido em Portugal,

Miguel Ângelo, o artista, a cabeça imortal,

Onde está fermentado um futuro mais rico...

O homem que levantou o cadáver de Eurico

Para o dar no teatro às grandes ovações

Que cercam de ordinário os grandes corações.

...   ...   ...   ...  ...   ...   ...   ...  ...   ...   ...   ... 

         («Heras e Violetas» – 1.ª edição, pág. 61)
 

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Miguel Ângelo deixou dois filhos – Américo Ângelo Pereira e Virgílio Pereira, que também foram músicos distintos.

Este distinguiu-se como maestro e professor de música e por ter organizado o Coral da Câmara das «Pequeninas Cantoras do Postigo do Sol» formado por educandas do Recolhimento das Meninas Desamparadas.

Em 15 de Abril de 1883 fundou-se, na Vila da Feira, um quinzenário de revista musical, intitulado «Miscellanea Musical» da qual foram editores, a princípio, Joaquim Ribeiro e Irmãos.

Com o formato de 0,35x 0,26 tinha 4 páginas com 2 colunas cada.

Alcançou o segundo ano com 6 números e um suplemento: o primeiro reuniu vinte e quatro números. / 38 /

Cada número era distribuído com uma música tendo algumas a inscrição «Grav. J. Ribeiro – Vila da Feira».

A revista, até ao número 20, foi impressa na tipografia municipal da Feira, onde se imprimiu o primeiro jornal desta vila, intitulado «Jornal da Feira» que era editado pelo seu proprietário Manuel José da Silva Ribeiro, irmão daquele J. (Joaquim) Ribeiro: a partir do número 21 foi editado no Porto, na tipografia de Manuel Luís de Sousa Ferreira.

O segundo ano voltou a ser editado na Vila da Feira – apenas por Joaquim Ribeiro e Irmão: este deve ser aquele Manuel.

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Pelo menos, a partir do 2.º ano, os números eram revestidos por uma capa.

No artigo de fundo do seu número 1, sob o título «Miscellanea Musical», que se reproduz em fotografia, diz-se da sua finalidade e oportunidade da publicação.

A esta revista sucedeu uma outra, a que foi dado o título de «Eurico», «quinzenário de revista musical» de que era redactor Miguel Ângelo (Miguel Ângelo Pereira) continuando a ser editores – Joaquim Ribeiro e Irmão: no seu cabeçalho indica-se como seu agente «Agência Geral Raphael Ângelo, Rua Formosa n.º 325 – Porto». / 39 /

O seu primeiro número foi datado de 15 de Setembro de 1884 e o último (número 5) de 30 de Novembro do mesmo ano.

O formato era semelhante ao da «Miscellanea Musical».

Tinha o mesmo número de páginas com duas colunas cada.

O último número da «Miscellanea», datado de 15 de Julho de 1884, já foi dirigido por Miguel Ângelo: este número ou o seu suplemento foi acompanhado de uma valsa – Polka, deste maestro, dedicada à sua discípula D. Maria S. Vasconcelos Leão.

No artigo de fundo do primeiro número do «Eurico» intitulado «Expediente», os editores informam que esta revista é publicada em continuação da «Miscellanea Musical» e que o último número desta revista (o sexto do segundo ano) já foi publicado sob a direcção de Miguel Ângelo.

A nova revista continuou a pertencer à aludida empresa de Vila da Feira, Joaquim Ribeiro e Irmão, que afirma, naquele artigo de fundo, que a substituição da «Miscellanea» pelo «Eurico» representa um melhoramento e que a competência do redactor garante a execução do programa que enuncia para a nova revista.

Este foi traçado naquele «Expediente» nos seguintes termos: «O Eurico apresenta-se literariamente de lança em riste para combater tudo e todos que por obras ou acções venham empanar o brilho da Arte ou prejudicar o bom nome do artista, e de coração magnânimo para exaltar méritos e registar virtudes onde quer que as haja. Musicalmente publicará com preferência as obras de compositores portugueses de verdadeiro e reconhecido mérito e dentre as composições de estranhos, escolherá aquelas que possam auxiliar os bons professores na educação musical dos seus discípulos».

A citada «Enciclopédia» atribui à actuação dele, nesta revista onde deu expansão ao seu temperamento azedo e conflituoso, a principal causa da sua decadência por, a partir de então, ter perdido o prestígio. No entender dela a publicação da revista «Eurico» teve o «fim único de desenvolver campanhas de baixo insulto contra os artistas e os críticos». Esta decadência acentuou-se quando o público deixou de frequentar os seus concertos e ele deixou de encontrar a devida compensação nas suas viagens ao Brasil.

Alberto Moreira a propósito desta revista diz, no mencionado artigo sobre Miguel Ângelo – (número 10 de Fevereiro de 1957 – fls. 302): – «Miguel Ângelo, que durante quatro gloriosos lustros caminhara de triunfo em triunfo, havia chegado ao zénite, e o destino, sempre caprichoso, não permitiria que o Artista fugisse por muito tempo em tão alto e ambicionado esplendor!... Algo por culpa sua e muito por faltas alheias, incompatibilizou-se com grande parte da valorosa falange artística portuense e, a pouco e pouco, foi ficando isolado do necessário convívio com a brilhante plêiade musical e literária. Então dera início à publicação do Eurico, revista quinzenal quase exclusivamente por ele colaborada, dando à estampa muitas e muitas valiosas composições musicais, mas publicando também alguns artigos de crítica que mais o incompatibilizaram com distintas figuras que o Porto muito estimava.

Ainda assim, o Eurico foi uma publicação muito útil e assaz vantajosa, pois além de outras composições de reconhecido valor inseriu, num dos números de Maio de 1885, a esplêndida Canção de Abril que Miguel Ângelo compusera, inspirado na poesia do mesmo título escrita pelo lírico poeta Diogo Souto. Esta deliciosa composição foi muito apreciada pela imprensa, e teve extraordinária voga em todo o País, sendo os mimosos versos reproduzidos em vários jornais do Porto e da capital».

Cada número do «Eurico» era distribuído protegido por uma vistosa capa de papel, desenhada e subscrita por Rafael Bordalo Pinheiro.

Este foi sempre um bom companheiro e dedicado amigo de Miguel Ângelo.

«O mais devotado defensor de Miguel Ângelo no Rio de Janeiro, na grande campanha motivada pelo Eurico, foi o genial artista Rafael Bordalo Pinheiro, que ali se encontrava desde Setembro de 1875 e que nas páginas do “Besouro”, jornal ilustrado, humorístico e satírico, cujo primeiro número apareceu em 6 de Abril de 1878, exaltou ardorosamente o Artista seu compatriota – e com tão indómita violência ridicularizou os adversários, que estes, enfurecidos «chegaram a armar o braço de uma capoeira para uma facada nocturna, felizmente sem consequências graves» (Alberto Moreira «O Tripeiro» – número 9 de Janeiro de 1957 – pg. 277).

Descrevendo aquela caricatura, Guilherme de Azevedo, no Ocidente de 1 de Dezembro de 1878 – Crónica Ocidental – diz «no número do Besouro que eu contemplo agora, deparo com muitas fisionomias conhecidas...; o maestro Miguel Ângelo, autor do Eurico, profundo músico português, aparando na couraça invulnerável da sua grande sobrecasaca os golpes que a crítica joga à sua partitura querida...»

Ainda Alberto Moreira nos informa no cito número de «O Tripeiro» a fls. 303, / 40 / reportando-se a Setembro de 1888:

«Decorrido algum tempo, era Miguel Ângelo convidado para musicar a Marcha do Ódio, (dada a público em 5 de Abril de 1890) versos violentíssimos do consagrado poeta Guerra Junqueiro e para os quais Rafael Bordalo Pinheiro compôs ilustrações irónicas e causticantes».

«Eurico» tinha várias secções, como educação musical por Hector Berlioz e outros, com conselhos aos professores de piano por Felix de Couper, pelourinho, noticiário, etc.

Cada número incluía uma música, entre as quais citamos «Melodia» por Rubinstein, a melodia «L’amour d'une femme» de Schuman e «Momentos musicais» de Schubert.

No número quatro de 15 de Novembro de 1884, prestou homenagem ao fundador do «Comércio do Porto» Manuel de Sousa Carqueja.

Os exemplares das mencionadas revistas «Miscellanea Musical» e «Eurico» são hoje muito raros.

Já em Setembro de 1902 a citada «Revista Musical» dizia que as colecções do «Eurico» eram raras e valiosas.

Daquela apenas conheço duas colecções, ambos incompletas, mas que se completam entre si: uma abrange apenas os primeiros vinte e dois números do primeiro ano, com falta do sexto, colecção que hoje pertence ao Dr. Domingos Caetano de Sousa, desta Vila, por oferta que lhe foi feita por D. Gilberta Xavier de Paiva e seu marido Dr. Humberto Xavier de Paiva; a outra, a que só falta o número dois do primeiro ano, pertence ao ilustre maestro António Melo, da cidade de Lisboa.

Do «Eurico» apenas conheço uma colecção completa, encadernada juntamente com a «Miscellanea Musical» também pertencente a este maestro, a quem gostosamente manifesto o meu agradecimento por ma ter facultado para estudo e para aquisição das fotografias que, desta revista, aqui se reproduzem.

Conheço ainda um exemplar do número um na posse de Vicente Rebelo da Sousa Reis, da freguesia de Arrifana, deste concelho.

À «Miscellanea Musical» refere-se o «Commercio da Feira» número 33 de 14 de Agosto de 1902, Dr. António Zagalo dos Santos, no Arquivo do Distrito de Aveiro – vol. 9.º pág. 157, A. Carneiro da Silva, cit. vol. Arq. pág. 297, A. Xavier da Silva Pereira, em «Jornaes Portugueses» – pág. 101 e «Bibliophilie Musicale» de Michel Ângelo Lambertini MCMXVIII.

Por sua vez, a «Eurico referem-se aqueles A. Carneiro da Silva, A. Xavier da Silva Pereira e «Bibliophilie Musicale».

Estudei cada uma destas revistas no meu trabalho sobre «Imprensa periódica da Vila e Concelho da Feira», publicado na revista «Aveiro e o seu Distrito», número 8 de 1969, pág. 60 a 66, onde procurei esclarecer e corrigir as notícias dadas em alguns daqueles autores.

A cidade de Barcelos já prestou homenagem à sua memória dando o seu nome à rua de Baixo, que depois se chamou de José Falcão.

Outro tanto fez a Excelentíssima Câmara Municipal do Porto, dando o nome de Miguel Ângelo a uma das ruas da cidade.

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páginas 33 a 52

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