Um animador da natação aveirense - Homenagem efectuada em Novembro de 1992.


Imagens no Poço de Santiago

PISCINA-TANQUE DO BEIRA-MAR

 

Óscar Agostinho da Costa, Atita e Vasco Neto da Naia –– três grandes da natação aveirense –– perfilados, no desaparecido tanque-piscina do Beira-Mar, que existiu no sítio onde hoje está implantado o Pavilhão do popular clube.

 


POÇO DE SANTIAGO

 

Então era bem fora de portas e verdadeira aventura para a miudagem ir de longada até ao Poço.

 

Gerações sucessivas fizeram o caminho porque as águas apeteciam e o lugar tinha uma singular atmosfera campestre.

 


POÇO DE SANTIAGO

 

A malta da Fonte dos Amores, quase do extremo da cidade a caminho de Ílhavo, também queria aprender a nadar. E o sítio mais acessível era mesmo o Poço de Santiago. O Atita lá estava para todos ajudar.


POÇO DE SANTIAGO

 

Hoje confinante com a Universidade de Aveiro, antigamente com campos de pão a beijar a água.

 

Animais a pastar, o campo dos da Glória a namorar as salgadas águas do Poço, viveiro que foi, segundo cremos, da primeira estação de piscicultura construída na nossa Ria. Uma piscina posta a recato.

 


POÇO DE SANTIAGO

 

Da piscicultura cientificamente ensaiada pelo saudoso aveirense Dr. Edmundo Machado, à natação ensinada pelo Atita.

Sempre que o horário do seu trabalho o permitia, lá estava ele, no Poço, com os seus jovens aprendizes.


POÇO DE SANTIAGO

 

E era vê-los, todos na água, refrescando-se das diabruras feitas pelo caminho: umas "penhoras" à fruta das quintas de Santiago seguida do consequente "vomitório"; a "apanha" das folhas de amoreira para os bichos da seda, no quintal do Seminário.

 


POÇO DE SANTIAGO

 

Sempre o Atita tinha palavra de incentivo para os mais temeratos.

 

«Se quiseres aprender a nadar come com inteligência, come saladas.» «Não gostas de alface, nem de cebola nem de tomate? Tens de gostar! Se não, nada feito. Não tens força para a braçada.»


POÇO DE SANTIAGO

 

Muitos jovens vinham de longe: de Verdemilho e até de Ovar e do Porto, todos para serem ensinados a nadar pelo Atita.

 

E em matéria de horários, era desde as seis da manhã até ao período de trabalho na fábrica e, depois, noite adentro até o cansaço chegar.

 


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