Almanaque Desportivo do Distrito de Aveiro 1950, pág. 93.


Tornou-se desde logo uma premente necessidade para os homens saber «caminhar» na água. Os rios e ribeiros constituíam barreiras naturais que era mister transpor, como medida defensiva ou ofensiva, no rude e permanente combate pela vida.

Mais tarde, entre certos povos, todos sabiam nadar...

Embora a natação não figure no programa" dos J. O. gregos e romanos, além de utilizarem a natação nas andanças guerreiras, organizaram provas com carácter desportivo. Depois, durante séculos e séculos, a natação voltou a interessar apenas como meio de tornar menos perigoso o exercício de certas profissões...

Um impecável «salto de anjo» do campeão nacional Francelino Costa.


NATAÇÃO


Só no último século o gosto pelas proezas aquáticas se reacenderia. Atravessando, em 1810, o Helesponto, e nadando, em 1818, em Veneza, durante 4 h. 20, Byron escreve as iniciais laudas da moderna natação desportiva.

Os vários estilos fazem a pouco e pouco a sua aparição. Entretanto, nos primeiros Jogos Olímpicos da Idade  Moderna (Atenas, 1896), haviam figurado provas de 100, 500 e 1.000 metros.

Em Portugal, a natação como desporto de competição surgiu por assim dizer com o presente século. Porém, só em 1906, na baía do Alfeite, se efectuaria a primeira prova. A competição, num percurso de 926 metros, (meia milha), foi ganha por A. Rumsey, do Porto, em 19 minutos. Alinharam oito concorrentes e Mário Duarte classificou-se em 5.º lugar.

Em 1908 disputou-se em Aveiro o campeonato nacional de 100 m. e o primeiro campeonato do Distrito (500 m.).

Conjunto brilhante de ulteriores triunfos clamorosamente afirma que o distrito de Aveiro pode oferecer ao país ases de natação de categoria internacional, os ases que lhe faltam. Quando houver mais amor pela natação, quando existirem mais piscinas.


Na imagem, um impecável «salto de anjo» do campeão nacional Francelino Costa.

 

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