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No conforto imóvel, frio,
Ouço
vozes, esboço versos.
E,
enquanto morro e rio,
Os
meus olhos estão dispersos.
Neste
idílio aparente,
Disputo
intenso combate. E
Há
quem me chame insolente
Por
não querer o xeque-mate.
Nada
portanto existe
Que
me ajude a nascer.
Viva!
O mundo insiste
Na
empresa do apodrecer.
Majestosa
esta vida
De
remar contra a maré;
Podem
tirar-me as medidas
E
atirar-me à ralé.
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