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Os escanzelados
Regressam à praia,
Mesmo sem lhe pertencerem,
Eles pertencem somente ao
sofrimento.
São eles as vítimas das
guerras,
Da tortura, da exploração...
A dignidade escrita ao contrário
São eles...
E avista-se agora, ao longe,
Essa multidão de
escanzelados,
Baloiçando-se na praia
Deserta e muda,
Ao ritmo de um tempo
Que é lento
E vai morrendo
Até regressar...
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