Quando o sol despontava
cobrindo de oiro os pinheirais
crescia a ânsia do tempo morno
equinócio das andorinhas
a esquecer o orvalho do Natal
sempre a valsar com a fria brisa
ilusão num refulgir mil estrelinhas
tempo esse rosado ou roxo
lareira a crepitar serões de alegria
filhós, nozes, mel , amor e doçura
mar de fogo fulvo, brando, eterno
meninos do que fomos e seremos
partilhando a doce paz do Natal
com o mundo afundado no inferno.
Dezembro de 2024 |