|
Vários textos nos chegaram nestes últimos dias do primeiro período, quer não só de alunos e professores da escola, mas também e sobretudo de pessoas da nossa comunidade, que pretendem colaborar com o nosso boletim. Inicialmente uma publicação centrada quase exclusivamente no ensino recorrente, o seu âmbito alargou-se consideravelmente. Passou a ser não apenas uma publicação abrangendo todos os sistemas de ensino existentes na escola, como também se alargou à comunidade envolvente, justificando os seus objectivos essencialmente culturais, sem referirmos os de natureza pedagógica e informativa. Como esta é uma secção específica, nela apresentamos a produção poética que nos fizeram chegar. Alguma já foi dada a conhecer na página electrónica da escola, graças às modernas tecnologias, que nos permitem que as nossas palavras não se confinem à região aveirense, mas alcancem todas as partes deste imenso planeta, agora e mais do que nunca transformado numa imensa aldeia global. São textos alusivos à época natalícia e também encerrando mensagens mais abrangentes, constituindo alguns uma espécie de reflexão poética de vivências pessoais.
É Natal
É Natal!... Já recordaste Que existem tantos velhinhos -- Nos lares e fora deles -- Com escassez de carinhos? É Natal!... Já meditaste Se aos doentes, nesta altura, Alguém vai alimentar-lhes Uma esperança de cura? É Natal!... Já foste ver Se na rua alguém vagueia Pedindo um naco de pão Para lhes servir de ceia? É Natal!... Já reparaste Se a teu lado mora alguém Que nem sequer vai cear Porque é pobre e nada tem? Se pensaste nestes casos E noutros de maior mal, Faz qualquer coisa por eles E farás um Bom Natal. Ezequiel Arteiro, Dezembro de 2005 |
|
Natal!… Natal!... Nata… a… a… al!!!
In memoriam patris mei
Amanhece. Nasce a Aurora, radiosa, por sobre um mar de ondas róseas. Nele se espelham, curiosas, a cantar, esperançosas, ledas crianças de então. (Ah! Natal da minha infância, cheio de AMOR, LUZ e COR, em que as notas de mil danças saltitavam em redor, sob os olhos da Família!) E a tarde avança num instante. O sol doura as águas vivas. Nelas navegam, sedentos, rapazes e raparigas. Cabelos soltos ao vento, correm a abrir horizontes, à aventura da Vida. (Ah! Natal de adolescentes, onde a palavra AMIZADE soldava os corações, enlaçando-os de Saudade numa Família crescente!) Mas o crepúsculo não tarda a cobrir o aquoso plasma com seus tons alaranjados. Surgem, num ecrã gigante, recém-Papás, enlevados, desdobrando-se em cuidados, para afastar de traquinices seus delicados rebentos. (Ah! Natal de casais jovens, lutando no dia-a-dia por difundir ALEGRIA e vontade de acertar,
com os vizinhos a ajudar!) |
|
|
|