A Escola Secundária José Estêvão, em Aveiro, tem razões para se orgulhar do altruísmo dos seus alunos. A Bolsa de Voluntários, integrada no projecto «Educação para os Valores», conta já com 86 inscritos, a provar que o voluntariado ocupa uma posição cimeira na escala dos valores para consciência cívica dos mais jovens.

Ainda no rescaldo das comemorações do Dia Internacional do Voluntariado, a escola decidiu divulgar junto dos restantes discentes as actividades desenvolvidas neste âmbito, com o intuito de angariar novos braços desinteressados, para dar continuidade às suas acções.

O Diário de Aveiro falou com algumas alunas que reúnem já algum tempo de experiência na área. Joana Ribeiro participou no peditório recentemente promovido pela AMI e na recolha desenvolvida pelo Banco Alimentar contra a Fome.

Qual a importância das acções de voluntariado? «Há muita gente a precisar deste tipo de ajuda. Não custa nada participar. Por isso acho que toda a gente deve integrar estas acções. Os jovens devem ajudar nestas campanhas, porque é uma obrigação de todos ajudar quem precisa. É verdade que prescindimos do nosso tempo a favor de outras pessoas, o que pode ser cansativo e desanimador. Chegamos ao fim do dia cansados, mas com o sentimento de dever cumprido e reconfortados por saber que fomos úteis».

Cláudia Cardielos relatou, com entusiasmo, a sua participação na decoração natalícia das enfermarias do Hospital de Aveiro. «O mais importante, para nós voluntários, é termos conseguido levar um pouco de alegria às pessoas internadas, quando nesta altura a solidão fala mais alto. Como é um trabalho conjunto, aprendi a valorizar o espírito de equipa».

Mafalda Garcia esteve pre­sente na recolha do Banco Alimentar Contra a Fome. «É um projecto, na minha opinião, muito bem pensado». Em pleno acordo com a colega, Cláudia valoriza a camaradagem que envolve todos aqueles que acompanham acções de voluntariado. «Além do sentimento de solidariedade, constitui igualmente um momento de convívio». ●