Sustentabilidade

Telefonar de graça, ou quase...

Texto de
David Mateus
Filipe Almeida
Rui Ramos

Já pensou o que seria se de cada vez que vai às compras tivesse de enviar todos os produtos por uma transportadora para sua casa, mesmo possuindo um carro com espaço suficiente para acondicionar todas as compras? Pois é este o estado actual das telecomunicações, serviços variados que podem partilhar o mesmo canal são taxados duas vezes. É aqui que entra o VoIP (Voice Over IP ou, em português, Voz sobre IP).

Esta tecnologia permite a transmissão do sinal de voz utilizando a Internet. Uma vez que a maioria das ligações à Internet pressupõe um custo mensal fixo, a reutilização dessa rede para outros serviços não representa um aumento de custos. Pode-se assim prescindir do serviço de telefone normal (a transportadora) para utilizarmos todas as vantagens do serviço de Internet (o nosso carro).

As chamadas realizadas com este novo serviço, disponibilizado actualmente por alguns provedores de serviços de Internet em Portugal, poderão ser gratuitas se realizadas para outros números VoIP ou para a rede fixa (em alguns casos). As chamadas para redes móveis e chamadas internacionais apresentam uma redução significativa dos preços.

Para a utilização deste tipo de telefones apenas é necessário possuir computador ligado à Internet equipado com auscultadores e microfone.

 

Energias Renováveis
O Futuro

 

Com o aumento exponencial do preço dos combustíveis fósseis, assim como a necessidade em cumprir o protocolo de Quioto e as directivas da União Europeia, emerge a aposta em energias renováveis amigas do ambiente.

A concentração de CO2 na atmosfera está a aumentar. Devemos, então, elaborar estratégias que permitam a redução das emissões de CO2 aumentando a componente renovável.


Fontes Renováveis de Energia (alternativas?)

Entre as mais importantes destas fontes estão a hídrica, a solar e a eólica. Como se pode verificar, as maiores vantagens das energias renováveis são o facto de serem limpas e virtualmente inesgotáveis.

As principais vantagens resultantes da sua utilização consistem no facto de não serem poluentes e poderem ser exploradas localmente. A utilização da maior parte das energias renováveis não conduz à emissão de gases com efeito de estufa. A única excepção é a biomassa, uma vez que há queima de resíduos orgânicos para obter energia, o que origina dióxido de enxofre e óxidos de azoto.

A exploração local das energias renováveis contribui para reduzir a necessidade de importação de energia, ou seja, atenua a dependência energética relativamente aos países produtores de petróleo e gás natural.

Ao ritmo que cresce o consumo dos combustíveis fósseis, e tendo em conta que se prevê um aumento ainda maior a curto/médio prazo, colocam-se dois importantes problemas: i) questões de ordem ambiental e ii) o facto dos recursos energéticos fósseis serem finitos, ou seja, esgotáveis. As fontes de energia renováveis surgem como uma alternativa ou complemento às convencionais. Num país como Portugal, que não dispõe de recursos energéticos fósseis, o aproveitamento das fontes de energia renováveis deveria ser um dos objectivos primordiais da política energética nacional.

O uso racional e consciente da energia é, também ele, uma nova fonte de energia.

O mais importante é pensar em formas de fazer uma utilização inteligente dos recursos energéticos que estão à nossa disposição. Isto é, não se pretende que os consumidores reduzam o seu nível de conforto, mas que o mantenham evitando ao máximo os desperdícios. Desta forma, estarão a poupar dinheiro e a proteger o ambiente.

Implementando actividades de sensibilização, tendo em vista a racionalização do uso da energia por parte de todos, bem como agindo estrategicamente no terreno, a redução sustentável da energia consumida é possível, levando à diminuição da factura mensal.

 

Microgeração – Produção de electricidade em sua casa
 

Em Portugal, e no mundo, está a surgir um novo paradigma energético. Dia 2 de Novembro foi publicado o Decreto-Lei n.º 363/2007, que aprova o regime simplificado aplicável à microprodução de electricidade, o qual entrará em vigor a 31 de Janeiro de 2008.

Tarifa bonificada nos primeiros cinco anos, deduções no IRS para compra de equipamentos e isenção de tributação dos rendimentos gerados pela produção eléctrica são as linhas mestras da legislação que o Governo aprovou para promover a microgeração.

Quando o diploma entrar em vigor, as famílias poderão comprar equipamentos para a produção de energia eléctrica e beneficiar destas vantagens, desde que também apostem (ou já tenham instalados) painéis térmicos para aquecimento de águas. Depois, nos primeiros cinco anos, a energia produzida será comprada pela Rede Eléctrica Nacional a um preço – 65 cêntimos por kilowatt-hora (kWh) – seis vezes superior ao da electricidade que pagamos em casa (11 cêntimos).

Um consumidor doméstico pode instalar uma potência máxima permitida para venda (3,68 kW).

O custo dos painéis é sujeito a uma dedução de 30% à colecta até 777 euros. Também o produto da venda da energia é isento de tributação em sede de IRS, para estimular a adopção destas tecnologias.

Núcleo de Estágio de Electrónica e Informática
David Mateus, Filipe Almeida, Rui Ramos

 

David Mateus -
Filipe Almeida - Rui Ramos

Página anterior  Página inicial  Página seguinte

Inserido em
15-11-2007