Conselhos úteis e simples de como ajudar a proteger o ambiente
e ter um consumo mais ecológico, saudável, responsável e
ético:
http://infonature.org/site-pt/node/17
* * *
Grupos de Reutilização: Dar e receber em nome
do combate ao desperdício
Numa época do ano em
que consumir é a palavra de ordem, falamos-lhe de pessoas que
dão e recebem objectos usados em bom estado, pelos mais
variados objectivos, desde evitar desperdícios e proteger o
ambiente, dar a quem precisa / ajudar os mais desfavorecidos,
poupar dinheiro, etc.
TERRA ALERTA - VER
VIDEO REPORTAGENS:
http://sic.sapo.pt/online/blogs/terraalerta/
(Nota: este site contem várias video
reportagens de grande interesse)
Quando falamos de resíduos, falamos muitas vezes da
necessidade de separar para reciclar. Mas antes de encaminhar
para reciclagem aquilo que já não precisa, já pensou que há
muitos objectos que poderiam ser reutilizados? O que deixou de
ter utilidade para uma pessoa, pode ter interesse para outra.
É esta ideia que está na base dos grupos de reutilização que
existem na Internet, como o Freecycle ou o Dado.Tricla. Basta
registarmo-nos e colocarmos uma mensagem a anunciar o que
temos para dar.
No meu caso, resolvi experimentar o sistema. Registei-me no
grupo Freecycle de Lisboa e coloquei uma mensagem a anunciar
que dava um computador, com cerca de 10 anos, que já não uso.
Depois do moderador do grupo publicar o anúncio, começaram a
surgir interessados. O computador vai ser entregue à primeira
pessoa que respondeu, ontem à tarde, e que virá buscá-lo onde
indiquei. Da mesma forma, poderemos encontrar objectos que nos
dão jeito e que alguém já não quer.
João Aguiar é o moderador do grupo Freecycle de Lisboa e
gostaria de ver mais grupos a serem criados pelo País fora. E
diz "não é preciso que surjam apenas na Internet; uma folha de
papel colocada na escola ou no local de trabalho pode pôr em
contacto pessoas que queiram dar coisas e pessoas que precisem
de algo". Para além de moderador do grupo, João é reutilizador
habitual. Já ficou com uma secretária, com um modem de ligação
à Internet e com um aspirador. Já deu computadores, flautas e
velhinhos discos de vinil.
Maria José Aurindo é Professora de Geografia na Faculdade de
Letras de Lisboa. Descobriu os grupos de reutilização a
navegar na Internet. Já conseguiu equipar uma casa que herdou
com objectos dados. Agora, sempre que pode também dá o que já
não precisa. Esta semana, ofereceu mobílias ao Centro Social
da Mouraria. Faz-lhe confusão "o enorme desperdício" da
sociedade actual, em que constantemente se deita fora para
comprar novo. "As pessoas deitam fora tudo, mesmo que seja só
porque tem uma coisinha partida. O arranjar parece que deixou
de funcionar."
Com o mesmo conceito, em instalações do Grupo Desportivo da
Mouraria está prestes a abrir ao público um espaço original da
responsabilidade do GAIA, o Grupo de Acção e Intervenção
Ambiental. Chama-se loja grátis, onde tudo o que está exposto
pode ser aproveitado por quem dele precisar.
Reutilizar é dar utilidade a materiais usados, o que poupa
recursos naturais e reduz a quantidade de resíduos a tratar,
mas também induz poupança. Nesta época de frenesim de compras,
a caminho do Natal, talvez valha a pena espreitar o que surge
nos grupos de reutilização, e também ver lá em casa se há
alguma coisa para dar.
PARTICIPE - Grupos de Reutilização:
Freecycle (Ver Portugal) + Dá e Recebe Lisboa + Dado.Tricla
Compras Públicas Ecológicas
A responsabilidade do Estado enquanto consumidor
A administração
central e as autarquias locais deverão passar a comprar
produtos amigos do ambiente. Por exemplo, papel reciclado,
detergentes biodegradáveis, lâmpadas e frotas automóveis mais
eficientes. O Terra Alerta foi saber o que são as compras
públicas ecológicas.
TERRA ALERTA - VER VIDEO REPORTAGENS:
http://sic.sapo.pt/online/blogs/terraalerta/
O Estado é um verdadeiro peso pesado em matéria de compras nos
mais diversos sectores. Desde materiais de construção, a
consumíveis de escritório e equipamento electrónico, ou mesmo
produtos de higiene e limpeza. Actualmente, os organismos
públicos a nível europeu gastam em compras mais de 16% do
produto interno bruto da união europeia. E já se sabe:
qualquer opção de compra tem peso ambiental.
Para reduzir ao mínimo os impactos ambientais dos Estados,
enquanto grandes consumidores, a Comissão Europeia recomenda
que todos os países tenham um plano nacional de compras
ecológicas.
Em Portugal, estão a dar-se os primeiros passos. Com o apoio
do CENDES – Centro para o Desenvolvimento Empresarial
Sustentável do INETI
http://http://www.ineti.pt, foram definidos os sectores
abrangidos pelo sistema e os critérios de escolha de serviços
e produtos e aprovada a Estratégia Nacional para as Compras
Públicas Ecológicas 2008-2010, na sequência da Comunicação da
Comissão Europeia ao Conselho e ao Parlamento Europeu relativa
à Política Integrada de Produtos, em que os Estados-membros
foram instados a elaborar planos de acção de compras públicas
ecológicas até ao final de 2006.
No caso do papel poderão utilizar-se critérios como a
quantidade de fibras recicladas existentes, se o papel provém
de florestas geridas de forma sustentável, ou se, no processo
de produção, é usado cloro. No caso de equipamentos eléctricos
e electrónicos, o principal critério é o consumo de energia
que deverá ser o menor possível. Na compra de novos veículos,
em cada categoria, deverá ser exigido um limite máximo de
consumo de combustível, ou de emissões de dióxido de carbono
por quilómetro, tendo em conta as melhores tecnologias
disponíveis. E sempre que possível, por cada carro novo deve
ser abatido um veículo em fim de vida. Também o abastecimento
de electricidade deverá ser preferencialmente de fontes
renováveis.
Contudo, os bons exemplos em Portugal, na administração
central, nas empresas públicas e nas autarquias, são pontuais.
A Câmara Municipal de Torres Vedras http://www.cm-tvedras.pt é
uma das poucas no País onde já se começaram a pôr em prática
estes princípios. Mas, por enquanto, ainda só se estão a
aplicar critérios ambientais na aquisição de alguns produtos,
como papel (papel de cópia, toalhas de mesa e mãos e papel
higiénico) e detergentes para a limpeza dos refeitórios
escolares do 1º ciclo e jardins-de-infância da rede pública.
O preço dos produtos e serviços ecológicos geralmente ainda é
mais elevado do que o dos produtos convencionais. Por isso
mesmo é que “o Estado deverá dar o exemplo, para que comece a
haver mais procura de bens e serviços ecológicos e os preços
possam baixar”, considera Paula Trindade do CENDES, do INETI.
O que se espera é reduzir os impactos ambientais das compras
públicas, e conseguir um efeito em cadeia, junto de outros
grandes consumidores e também junto dos fornecedores,
prestadores de serviços e empreiteiros.
Legislação nacional – Resolução do Conselho de Ministros n.º
65/2007 que aprova a Estratégia Nacional para as Compras
Públicas Ecológicas 2008-2010
Projecto de Aquisições Públicas Ambientalmente Orientadas
Green Public Procurement – Comissão Europeia
Buying Green
Compras amigas do Ambiente: Rótulo Ecológico e
Consumo Sustentável
Cada cidadão,
enquanto consumidor, pode contribuir para proteger o Planeta.
Esse contributo passa, por exemplo, por preferir produtos
fabricados de acordo com regras rigorosas de protecção do
ambiente. Uma forma de o fazer é olhar para o rótulo, como lhe
mostramos no Terra Alerta.
TERRA ALERTA - VER VIDEO REPORTAGENS:
http://sic.sapo.pt/online/blogs/terraalerta/
Quaisquer que sejam
nossas opções de consumo, elas têm sempre impacto no meio
ambiente. Um consumo responsável é aquele em que escolhemos
produtos com o menor impacto possível ao longo de todo o ciclo
de vida, ou seja, desde a produção das matérias-primas,
passando pelo processo de fabrico do produto, pelo embalamento
e distribuição, pela utilização, até ao destino final.
Paula Antunes, Professora do Departamento de Ciências e
Engenharia do Ambiente da Faculdade de Ciências e Tecnologia,
da Universidade Nova de Lisboa, alerta: "a resolução dos
problemas do ambiente não está só nas mãos do governo nem das
empresas, os consumidores têm um papel muito importante", pois
todas as decisões individuais somadas vão ter implicações no
ambiente e também vão dar um sinal às empresas para produzirem
de forma mais sustentável.
O Rótulo Ecológico Europeu é um instrumento criado pela
Comissão Europeia, para ajudar os cidadãos a fazerem escolhas
mais informadas, mas também para incentivar os fabricantes a
desenvolverem produtos mais ecológicos. "É uma forma de levar
as empresas a pensarem na inovação, a serem mais competitivas
e a adaptarem-se a regulamentações ambientas futuras", explica
Paula Cristina Gomes, da Direcção-Geral das Actividades
Económicas, o organismo do Ministério da Economia e Inovação
que tutela o Rótulo Ecológico Europeu em Portugal.
O rótulo pode ser atribuído a 23 grupos diferentes de produtos
e serviços como, por exemplo, alojamentos turísticos,
lâmpadas, electrodomésticos ou detergentes.
Na União Europeia, 410 empresas têm produtos e serviços que
ostentam o Rótulo Ecológico, a maioria dessas empresas são
italianas, francesas, dinamarquesas e alemãs.
Em Portugal, apenas sete empresas têm produtos com o Rótulo
Ecológico Europeu. Três de tintas e vernizes , duas de
alojamento turístico, uma de vestuário e têxteis para o lar em
algodão, e uma de produtos de papel.
De fora, deste sistema estão nomeadamente os produtos
alimentares e as bebidas. Mas, mesmo não tendo um rótulo que
ateste boas práticas ao longo do ciclo de vida, o consumidor
pode sempre escolher poupar o ambiente.
A primeira regra é comprar aquilo que realmente necessita e na
quantidade que precisa, evitando o desperdício. Deverá também
preferir produtos locais ou nacionais, em vez de produtos que
percorrem milhares de quilómetros de avião para chegar às
prateleiras das lojas em Portugal. Outra forma de proteger o
ambiente, enquanto consumidor, é optar por produtos duráveis e
pouco embalados, em vez dos produtos descartáveis ou com
demasiada embalagem.
Informe-se sobre a origem dos produtos e sobre a actuação das
empresas fabricantes ou prestadoras de serviços, seja
exigente, e exerça a cidadania também nas suas opções de
consumo.
Site do Rótulo
Ecológico Europeu
Catálogo do Rótulo Ecológico Europeu
Instituto do Consumidor
DECO - Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor
Especial - Consumo Sustentável
Site de sensibilização promovido pela LIPOR e pela DECO: "Um
Dia de Consumo Sustentável"
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