Pensar a Humanidade…
É descortinar o abismo do Ser
O inquietante momento originário
Do Tudo e do Nada
Pensar a Humanidade…
É presentificar
A metamorfose
A mudança
As múltiplas faces
De entes camaliónicos
De entes que vagueiam
Em derredor
Do seu próprio círculo
Descentrado
Do ponto-chave
Da gravitação
Universal…
Pensar a humanidade…
É o des-velar de caminhos
cruzados
E entre-cruzados…
De encontros
E desencontros…
Do determinismo
Da liberdade…
Do livre-arbítrio
Da vontade…
De uma racionalidade
Que apesar
De todos as calamidades
Ainda se considera imaculada…
Nascemos com o rótulo
De “animais racionais”…
Mas o que diremos
Dessa “racionalidade”…?
Perante o vandalismo
O des-equilíbrio
O caos…
A inversão dos valores
A indignidade
Do ser Pessoa
A des-humanidade…
Isabel Rosete
(14/07/07 - 5.00h) |