História do projecto «Riscos & Ecos»

   Introdução

   Intenções do animador

   História e trabalhos realizados

   Ano lectivo de 1989/90 - descobertas e definições

   Ano lectivo de 1990/91 - adesão maciça

   Ano lectivo de 1991/92 - a viagem nas viagens

   Ano lectivo de 1992/93 - pouco a pouco...

   Ano lectivo de 1993/94 - o crescimento contínuo

   Ano lectivo de 1994/95 - ano de viragem...

   Ano lectivo de 1995/96 - encontro de teatro

   Ano lectivo de 1997/98 - trabalho de divulgação no exterior

   Ano lectivo de 1998/99 - recomeçar... 2 grupos de trabalho

   Ano lectivo de 1999/2000 - grandes apostas

   Ano lectivo de 2000/01 - ano maduro - qualidade

   Ano lectivo de 2001/02 - ainda a qualidade

   Ano lectivo de 2002/03 - incompatibilidades de horários

INTRODUÇÃO

PRIMEIRO VIVE-SE
DEPOIS EXPÕE-SE

criatividade
emoções
cantos
ecos
riscos
utopias
angústias
alegrias
sistema
educação
professor
aluno
saber
assumir
espaço
autonomia
iniciativa
experiência
relação
instituição
fronteira
contactos
porta
comunidade
abertura
entrega
dividir
partilhar
usufruir
amar

PARA O CONHECER-SE E DESENVOLVER-SE EM RELAÇÃO A SI AOS OUTROS E AO MEIO

 

INTENÇÕES DO ANIMADOR

A escola deve ser um espaço que dinamize contactos e conhecimentos, para poder intervir e usufruir da intervenção, deve abrir-se à comunidade para a servir e dela se servir. Uma escola fechada ao seu núcleo é fechada à vida. Pôr em causa uma escola fechada implica passar da acusação à responsabilização, que nos leva à reformulação. Uma escola aberta à comunidade provoca confrontos, mas leva-nos a repensar a escola, o acto pedagógico no seu valor sócio-cultural. O objectivo geral de todas as actividades expressivas que eu proponho, residem na aquisição de instrumentos de cultura e no desenvolvimento de capacidades para um melhor equilíbrio do ser. No campo do teatro interessa-me vencer bloqueios para uma melhor linguagem de vida, desenvolver autonomia, cooperação, explorar linguagens, para promover a disponibilidade psicológica tão importante no acto criador. No fundo, desenvolver a expressão e a comunicação através de criações lúdicas colectivas. Em termos pedagógicos, é tão importante o processo como o resultado. Daí, partirei para uma fase do trabalho de exploração técnica, onde a experimentação, o contacto com o texto, a sua visualização no tempo e no espaço, a animação dessas imagens, o envolvimento sonoro, as características estéticas na criação cénica, a divulgação e apresentação são as etapas componentes da criação artística esperada. A ideia de programar é uma estrutura mental que nos proporciona uma previsão de tentar controlar uma futura acção. Nesta área das expressões, programar não significa exactamente reduzir ao mínimo possível a intervenção do acaso  (o professor como gestor do imprevisto deve estar sempre em alerta total). Trata-se de um processo de ordenação de meios, modos e ideias fundamentados, através de um conjunto de dados científicos e da experiência, tanto no domínio da especialidade como no conhecimento dos destinatários, para se atingirem objectivos específicos. Naturalmente, um processo de planificação tem na sua essência a previsão, a selecção e a organização. Os elementos dessa planificação são os objectivos, conteúdos, técnicas de ensino, actividades de ensino, recursos auxiliares e técnicas de avaliação. Na estratégia do professor deve-se sempre ter em conta o diagnóstico dos destinatários para que, ao programar, se atente o clima de grupo a nível físico, afectivo, social e intelectual, proporcionando facilidade em aplicar as situações de trabalho actuando com organização. O processo de transmissão de conhecimentos quer na sua forma formativa, quer na sua forma meramente informativa, é um processo informativo. A teoria da informação ensina-nos que em qualquer processo informativo existe um emissor, um receptor e um canal de informação  que liga o emissor ao receptor. Para que as mensagens enviadas pelo emissor ao receptor sejam recebidas, é obviamente necessário que o receptor esteja sintonizado  com o emissor e seja capaz de receber ao ritmo  que o emissor envia. Se estas duas condições não existirem, a informação perde-se. Para que a informação seja transmitida a um ritmo óptimo, é também necessário que o canal seja o mais adequado a esse ritmo de transmissão. No processo pedagógico o emissor é quem dá as aulas, o receptor é o estudante e o canal de informação são as ferramentas de que o docente se serve para transmitir a sua mensagem, por isso o ensino tem de ser motivante. Nesse sentido o docente tem de ser capaz de motivar o estudante, respondendo às suas interrogações e, num processo formativo, ser capaz de lhe criar novas interrogações a que ele se sinta interessado a responder. O acto de ensinar implica uma atenção constante aos métodos de ensino que constitui o canal de informação. Conforme os assuntos a abordar, devem ser utilizados os meios mais convenientes para aproximar o docente do estudante. Esta proximidade implica que o método de ensino seja democrático, ou seja, é necessária a participação activa do aluno. Este processo de realimentação é de capital importância. A participação deve ser encorajada, tendo como objectivo fundamental o desenvolvimento de um conjunto de qualidades que farão falta a qualquer quadro. São elas: decisão , planificação , organização , trabalho em equipa e domínio técnico-científico. É pela discussão do trabalho continuamente desenvolvido, que se deverá procurar aumentar estas qualidades no estudante. O trabalho em equipa deve ser particularmente estimulado. Mas para que o ensino seja efectivamente democrático, é necessário encorajar os estudantes à procura da verdade pelos seus próprios meios, ultrapassando os limites da sala de aula, acabando por ser uma das formas de participação. Embora o docente deva fazer publicações dedicadas à actividade da aprendizagem, não devem ser essas obras as únicas a que o estudante tem acesso para consulta. Tal seria uma prática totalitária, contrária ao desenvolvimento dum pensamento aberto e dialogante. O desenvolvimento das capacidades dos alunos está ligada à forma prevista, executada e consequente, dos docentes, o que torna o professor responsável pelo conhecimento de todas as condicionantes ao seu trabalho. Qualquer didáctica específica, estuda cientificamente tendo em conta sempre o como, o porquê, o onde e o que foi, leva sempre o docente a tornar-se mais performant, consciente, eficiente e responsável à medida que evidencia uma autonomia que lhe será necessária para sempre na sua prática. É claro que a formulação de uma metodologia só é entendida se houver conhecimentos básicos de História da Pedagogia, para que os conceitos escolhidos sejam aplicados compreendendo as evoluções tanto na sociedade como nas pesquisas científicas, consequencializando princípios pedagógicos. É por isso que as didácticas não podem funcionar como receita, porque o reestudo dos métodos levam-nos sempre a reformular novos conceitos e novas fórmulas. Devemos é ter em conta uma realidade específica - o conhecimento e a realidade dos componentes dos grupos com quem se trabalha, para que a utilização de uma estratégia e método não se transforme numa experiência gratuita. Qualquer situação pedagógica deve-nos facilitar a análise explícita e justificada que provoque deduções pertinentes e coerentes ao processo. Daí a grande necessidade de uma planificação actualizante que considere as condições epistemológicas e as circunstâncias didácticas. Se nos prevenirmos da justeza das circunstâncias escolhidas, todas as situações que se improvisem para além da programação correm menos riscos de insucesso. Os alunos terão tendência em ser mais colaboradores se as actividades preconizadas lhes parecerem úteis no sentido de resultados, e credíveis se for aplicado rigor na manutenção e na orientação dos conteúdos. É evidente que quando se definem objectivos, temos de pensar que estamos a definir um pouco a "construção humana" que se espera. Daí que os conceitos de vida devem respeitar a construtividade positiva a todos os níveis. Nunca será só programar por programar, jogo pelo jogo, prazer pelo prazer, mas sim programar para construir sabendo, jogo pelo dinamismo do controle das regras sabendo fazer, prazer para que a alma estética do indivíduo se eleve com amor sabendo ser. Tudo isto leva-nos sempre a uma avaliação, que no caso do uso de didácticas específicas do Teatro na Educação não deixam de se fazer em dois sentidos - a avaliação do trabalho do formador e a avaliação do trabalho do formando, sempre mais no sentido de uma avaliação criterial/didáctica do que normativa ( apesar das exigências do sistema educativo ), é que a tradução para uma quantia não nos oferece problemas por usar uma estratégia que leva os alunos à honestidade. Toda uma metodologia assim acente proporciona ao jovem face a si próprio e aos outros, um enriquecimento da personalidade ao mesmo tempo que lhe permite perceber o potencial educacional que é a actividade expressiva. Os resultados esperados deste projecto são perfeitamente viáveis e impõem-se como realidade na apresentação de trabalhos ligados ao teatro. Tendo em conta o ponto de partida ao qual este projecto dá resposta na finalidade da Educação, na concepção de Homem e na concepção de Escola, surgem determinações internas com as quais me confrontarei positivamente tanto com o sector administrativo como pedagógico da escola. A avaliação de uma actividade implica uma reflexão do vivido, analisando em que medida as actividades proporcionaram a consecução dos objectivos, respeitaram os princípios psicopedagógicos, no fundo o que se alcançou, adquiriu e revelou. Face aos dados recolhidos nesta reflexão e, em conjunto com a escola e com os participantes do projecto perspectiva-se o "a viver". Em vez de uma educação voltada para o "ensino" de "conhecimentos" tidos pelo adulto como importantes certos e imutáveis, tendo por finalidade "formar", entendo ter melhor efeito uma educação voltada para a satisfação das necessidades do jovem. Pretendo uma mutação não só nos aspectos administrativos e programáticos da educação, mas também nos métodos e princípios pedagógicos. Urge uma escola onde haja espaço, onde o jovem de acordo com o seu carácter se eduque através de experiências livres e conforme o desejar, vividas por ele próprio. Em relação à criatividade e à expressividade que é onde se centra toda a minha conduta pedagógica, não desejo impor padrões pseudo-estéticos. A prática do acto criador propõe iniciativa  formando assim as aptidões e a personalidade, ao mesmo tempo que ensina a viver com os outros. No teatro, o acto criador está parcialmente subordinado a um conjunto de aspectos técnicos e artísticos desde a pesquisa à defesa de ideias levando os processos serem mais complicados mas mais entusiasmantes. Este projecto inserido numa escola onde indivíduos de várias turmas coexistem nos seus tempos livres, tem a intenção de dar resposta como escola dentro de outra escola, como meio do indivíduo se servir e servir para um melhor conhecimento de si próprio, dos outros, do que o rodeia e de o tornar receptivo à intervenção de qualidade. Não é possível abrir uma escola à comunidade com Educação pela Arte sem correr RISCOS, mas as vozes com ECOS de apoio e positivismo são já um facto onde numa escola sobrepovoada e com falta de espaços físicos está a ter cabimento.

 

 

HISTÓRIA
E TRABALHOS REALIZADOS

 

Em 1989, em consequência da extinção da Escola do Magistério Primário de Aveiro e com o apoio da Coordenação da Área Educativa de Aveiro, fui colocado nesta escola como professor provisório ( vindo da docência da disciplina de Movimento e Drama, formado pela Escola Superior de Educação Pela Arte e recentemente com a licenciatura em Expressão Dramática e Criação Teatral na Educação ). Nos primeiros meses desenvolvi actividades no campo do teatro integradas no projecto do ME e da SEC "A Cultura Começa na Escola".

 

ANO LECTIVO DE 1989/1990

descobertas e definições

Neste ano lectivo formaram-se vários grupos de trabalho. Fizeram parte dos 6 grupos de teatro 39 alunos que apresentaram "Viagens da Nau Catrineta" de Almeida Garrett, "25+0=3ºEsq." texto colectivo, "Teatro de Sombras" com texto colectivo, "Páre, Escute E Olhe" texto colectivo, "Recital de Poesia e Música" de Eugénio de Andrade, Eugénia de Melo e Castro, Florbela Espanca, Nuno Reis e Luis Serrano, "Do Princípio ao Fim" dança criativa em parceria com o Projecto Dança de Aveiro. A escola participou pela primeira vez no XI Encontro de Teatro na Escola em Santo André/Santiago de Cacém. O projecto apresentou-se ao concurso "EDUCAR INOVANDO/INOVAR EDUCANDO" do I.I.E. tendo sido contemplado com um prémio de 200.000$00.  

 

ANO LECTIVO DE 1990/1991

adesão maciça

Neste ano, a actividade dos grupos de teatro foi ampliada. Em Novembro de 1990 apresentou-se o espectáculo "DESLOCAÇÕES" em parceria com o Projecto Dança de Aveiro. Durante o ano procuraram-se apoios materiais. Graças à Associação de Pais, aplicaram-se os panos de cena no ginásio que custaram 500.000$00. Graças a apoio da escola, de grupos da comunidade e da Fundação Calouste Gulbenkian instalou-se no ginásio uma teia movível com projectores, mesa técnica de luzes e cortinados. Este material custou cerca de 800.000$00. Durante os meses de Abril e Maio, os grupos de teatro apresentaram "Esta Noite Improvisa-se" de Pirandello, "Eu Sou Uma Mulher de Bem" e "O Avejão" de Raul Brandão e "Anna Kleiber" de Sastre. No dia 1 de Junho apresentou-se a peça "O Quarto Mágico" texto colectivo, para crianças dos arredores da cidade. As duas primeiras peças referidas foram levadas ao XII Encontro de Teatro na Escola em Miranda do Corvo. Fizeram parte dos grupos de teatro 59 alunos.

 

 

ANO LECTIVO DE 1991/1992

a viagem nas viagens

As actividades aumentaram em número de participantes, em quantidade e em qualidade. Graças à Fundação Calouste Gulbenkian que mais uma vez nos apoiou (300.000$00) pudemos adquirir uma aparelhagem de som que satisfez todas as necessidades dos grupos em matéria de som. A comunidade estudantil do projecto mobilizou-se conseguindo verba para uma viagem a Lisboa à Companhia de Teatro Comuna. Esta visita de estudo foi a 15 de Março com o objectivo de ver a peça de John Ford "Má Sorte Ter Sido Puta", de dialogar com os actores e encenador sobre o trabalho em cena e sobre o papel social do Teatro. De 28 de Abril a 2 de Maio estivemos na Escola Secundária de S. Pedro do Sul a participar no XIII Encontro de Teatro na Escola, apresentando o trabalho colectivo "De Bruxas". Houve vários espectáculos dentro e fora da escola. No dia 25 de Maio todos os grupos apresentaram os seus trabalhos: "Banalidades" adaptado de "Felizmente Há Luar" de Luis Sttau Monteiro, duas versões de "O Fim" de António Patrício, "Dramatis Personae Per Setem Scaenas" adaptado de "Pedro o Cru" de António Patrício e da "Tragédia Castro" de António Ferreira, "De Bruxas"- trabalho colectivo sobre As Bruxas ao Longo dos Tempos.  Os alunos de Teatro foram 60.

 

 

ANO LECTIVO DE 1992/1993

pouco a pouco

a minha alma se vai afeiçoando à sua

Depois do cativar vem uma onda de emoções que nos atravessa, abanando a nossa criatividade, colando-se à nossa autonomia e iniciativa, para que abertamente se promova o conhecerem-se. Depois vem a entrega e a partilha da experiência, dividindo sem angústias os saberes, assumindo sem utopias as realidades e as ficções. O plano de trabalho estabelecido no princípio do ano foi cumprido na sua totalidade. Em Outubro, a Fundação Calouste Gulbenkian subsidiou o Projecto (450.000$00) que nos possibilitou comprar material de cenografia, caracterização, figurinos, livros de teatro e pagar viagens em função do Projecto. Em Outubro no Porto estivemos representados como único Observador Nacional convidado no VII Festival Internacional de Jovem Teatro, organizado pela Secretaria de Estado da Juventude. Foram apresentados a público 4 trabalhos no Dia da Escola -25 de Maio- "Não" com texto colectivo a partir do poema de José Régio "Cântico Negro", "O Vento" com uma colagem de Nuno Sobral de textos de Manuel Alegre, Fernando Pessoa, João de Deus, Arsélio Martins, Augusto Gil e da Bíblia Sagrada, "Branco no Branco" composto a partir do "Rei Imaginário" de Raúl Brandão, "Eu-Próprio e o Outro" de Mário de Sá Carneiro e vários poemas de António Botto que esteve em cartaz no Museu de Aveiro durante a 1ª semana de Julho, nas Jornadas de Teatro da Póvoa do Forno e nas comemorações do 4º Aniversário do Grupo de Teatro de Abrantes. O trabalho "A Prisão e o Circo" com textos de Nuno Sobral, Y. Centeno e António Botto foi levado ao XIV Encontro de Teatro na Escola que se realizou na Escola Secundária Alexandre Herculano do Porto. Foi realizado  e apresentado um trabalho de Marionetas escrito pelos alunos. O grupo de Dança Criativa apresentou os seus trabalhos  no Teatro Aveirense integrados no espectáculo anual da Companhia de Dança Projecto Dança de Aveiro no dia 18 de Junho.

 

 

ANO LECTIVO DE 1993/1994

o crescimento contínuo

Em Outubro, a Câmara Municipal de Aveiro concedeu-nos um subsídio de 200.000$00, que cobriu algumas necessidades económicas do projecto. Participámos no 1º Encontro Nacional de Teatro Escolar em Évora nos dias 30 e 31 de Outubro e 1 de Novembro com o trabalho "Branco no Branco" organizado pelo Núcleo do Ensino Artístico do Departamento do Ensino Secundário do Ministério da Educação. Sempre na tentativa de melhorar a existência do jovem em risco e de banir doenças profissionais dos professores, fomos muito além do plano de trabalho estabelecido para este ano em consequência do grande número de alunos e professores a aderirem às actividades do Projecto. "As Criadas" de Jean Genet foi o trabalho levado ao XV Encontro de Teatro na Escola em Castro Daire e às 2ªs Jornadas de Teatro na Póvoa do Forno. "A Casa de Bernarda Alba" de Federico Garcia Lorca foi o trabalho levado ao Festival de Teatro Jovem de Montemor-o-Novo nos dias 14 e 15 de Maio. Nos dias 24 e 25 de Maio apresentaram-se nesta escola os trabalhos já referidos e "Ilusão Hora de Partir" de Simões do Canto, "O Vício" com texto dos alunos, "Duas Luas Entre Dedos" de António Cabrita, "Caixa de Surpresas" com texto dos alunos e "O Mundo dos Outros" de José Gomes Ferreira. Foram participantes nestes trabalhos 44 alunos.

 

ANO LECTIVO DE 1994/1995

ano de viragem

começa a disciplina curricular OED

Fomos subsidiados pelo Governo Civil de Aveiro e pela Coordenação da Área Educativa de Aveiro no montante de 150.000$00 tendo sido gastos nas deslocações dos grupos de teatro. O trabalho "A Voz Humana" de Jean Cocteau foi apresentado no XVI Encontro de Teatro na Escola em Olhão e no dia 25 de Maio na nossa escola. O trabalho "Dias Felizes" de Samuel Beckett foi apresentado no dia 19 de Junho na nossa escola. Não se realizaram trabalhos de artesanato por incapacidade de carga horária da parte do orientador. Foram 18 os participantes nos trabalhos referidos.

 

ANO LECTIVO DE 1995/1996

encontro de teatro

Realizou-se nesta escola o XVII Encontro de Teatro na Escola de 26 a 30 de Abril (consultar o Relatório do ETE). Esta escola abriu o ETE com o trabalho "Pois" com colagem de textos de Rui Zink, Mário de Sá Carneiro e Alçada Baptista, no insólito de uma paragem no tempo em que um grupo de mulheres, situadas num espaço indefinido, faz um retrato da vida de um "quase morto". Fizeram parte deste trabalho 15 alunos.

 

ANO LECTIVO DE 1996/1997

interrupção

 

ANO LECTIVO DE 1997/1998

interrupção para trabalho de divulgação no exterior de Aveiro

A interrupção das actividades deste projecto, atribuiu-se ao facto do orientador não ter estado disponível por se ter encontrado a fazer complemento de formação com um C.E.S.E. em Expressão Dramática e Criação Teatral no Ensino no Instituto Politécnico do Porto em regime pós-laboral. No entanto, no ano lectivo de 1997/98, a nossa escola, foi escolhida pelo Presidente da República Dr. Jorge Sampaio, para representar o ensino de Expressão Dramática em Portugal durante as Jornadas Pedagógicas da Presidência da República.

 

 

ANO LECTIVO DE 1998/1999

recomeçar

dois grupos - um trabalho

Sem dúvida que foi difícil produzir uma única encenação com dois grupos de alunos, em horários diferentes durante todo o ano, e que se fundissem numa obra sem se perceberem colagens. Conseguimos o que no princípio parecia ser verdadeiramente impossível.

         TÍTULO: "Em Branco"

         AUTOR: Emma Santos

         ADAPTAÇÃO: Duarte Morgado - a partir do texto "Teatro"

         ... trabalho onde a loucura e a sanidade andam de mãos dadas cobertas por grinaldas de flores secas de sede e fartas de fome...

Fizeram parte deste trabalho 12 alunos. Comecei os trabalhos, comunicando aos pais a estratégia que ia usar com os alunos, o tempo que eles iriam trabalhar comigo e autorização para este projecto poder concorrer ao XX Encontro Nacional de Teatro na Escola em Faro. Conseguimos verba monetária a partir de vendas de objectos que cobriu as despesas de transportes e a compra de algum material necessário. A estreia do trabalho realizou-se na Sala de Teatro da nossa Escola a 24 de Março e actuámos, no mesmo local, a 18 de Junho às 21.30h. Participámos no referido Encontro. Fomos objecto de louvor tanto no trabalho apresentado como no comportamento exemplar do nosso grupo.

 

 

ANO LECTIVO DE 1999/2000

grandes apostas

Este ano foi muito especial. Estiveram comigo a trabalhar 4 grupos de teatro com 4 trabalhos respectivamente diferentes. Englobaram 25 alunos na montagem de trabalhos dos autores ANTÓNIO PATRÍCIO, ARNOLD WESKER, EDUARDA DIONÍSIO E OBRAS ESCRITAS POR ALUNOS DO ESTABELECIMENTO PRISIONAL DE AVEIRO ( neste caso, em TERAPIA SOCIAL PELO TEATRO ). Estes trabalhos foram todos apresentados a público, tendo tido uma aceitação fora do vulgar.

 

ANO LECTIVO DE 2000/2001

ano maduro

 qualidade

Realizámos a abertura do ano lectivo 2000/2001, a 20 de Setembro, com um trabalho dos alunos do 12º ano do ano lectivo passado. Apresentaram a público a Peça de Teatro "MULHERES Nº 40" - adaptação de "DESBARATO" de Arnold Wesker.

Continuámos com 1 grupo de teatro composto por alunos da escola. O programa foi transmitido aos encarregados de educação dos alunos do grupo. Este ano lectivo foi dedicado a produzir um trabalho encetado no ano lectivo anterior - "O Fim" de António Patrício - NASCEM MURCHAS ABREM MORTAS. Foi apresentado quatro vezes em várias datas possíveis e nos Festejos Comemorativos dos 150 ANOS DE ESCOLA SECUNDÁRIA JOSÉ ESTÊVÃO a 25 de Maio.

Numa nova tentativa de angariação de fundos monetários para a construção faseada de um auditório na sala de teatro, fomos contemplados com um subsídio pela Câmara Municipal de Aveiro. Deram-se por encerradas as actividades deste ano lectivo projectando-se para o próximo ano um trabalho do autor Tchekov.

 

ANO LECTIVO DE 2001/2002

Continuação da procura da qualidade

 Qualidade

À imagem do ano anterior, continuámos com 1 grupo de teatro composto por alunos da escola. O programa foi transmitido aos encarregados de educação dos alunos do grupo. Este ano lectivo foi dedicado a produzir um trabalho com o título “ROMEU E JULIETA OU ENTÃO ADELAIDE E IVO, numa adaptação e Colagem Dramática a partir de Textos de TCHEKOV, BOCAGE, AL BERTO e HOLDERLIN por Duarte Morgado; a Encenação, Desenho de luzes, Sonoplastia e Cenografia também de Duarte Morgado; a Produção e Realização do Projecto Riscos & Ecos, aproveitando o subsídio anterior, a Interpretação Dramática esteve a cargo de Ivete Pio e Artur Pereira, a Interpretação Musical ao vivo de Artur Pereira e a sonoplastia da peça foi Música de Dulce Pontes – “O Primeiro Canto”. Depois deste trabalho apresentado, deram-se por encerradas as actividades deste ano lectivo projectando-se para o próximo ano um novo trabalho com um novo grupo.

 

ANO LECTIVO DE 2002/2003

Ano de incompatibilidade de horários disponíveis para os alunos

Não foi possível realizar trabalho por incompatibilidade de horário com os alunos interessados. De qualquer forma devo registar que a 18 de Outubro foi apresentado a público o trabalho do ano anterior - “ROMEU E JULIETA OU ENTÃO ADELAIDE E IVO, numa adaptação e Colagem Dramática a partir de Textos de TCHEKOV, BOCAGE, AL BERTO e HOLDERLIN por Duarte Morgado; a Encenação, Desenho de luzes, Sonoplastia e Cenografia também de Duarte Morgado; a Produção e Realização do Projecto Riscos & Ecos, a Interpretação Dramática esteve a cargo de Ivete Pio e Artur Pereira, a Interpretação Musical ao vivo de Artur Pereira e a sonoplastia da peça foi com Música de Dulce Pontes – “O Primeiro Canto”.


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