INTRODUÇÃO
PRIMEIRO
VIVE-SE
DEPOIS EXPÕE-SE
criatividade
emoções
cantos
ecos
riscos
utopias
angústias
alegrias
sistema
educação
professor
aluno
saber
assumir
espaço
autonomia
iniciativa
experiência
relação
instituição
fronteira
contactos
porta
comunidade
abertura
entrega
dividir
partilhar
usufruir
amar
PARA
O CONHECER-SE E DESENVOLVER-SE EM RELAÇÃO A SI AOS
OUTROS E AO MEIO
INTENÇÕES DO ANIMADOR
A
escola deve ser um espaço que dinamize contactos e
conhecimentos, para poder intervir e usufruir da intervenção,
deve abrir-se à comunidade para a servir e dela se
servir. Uma escola fechada ao seu núcleo é fechada à
vida. Pôr em causa uma escola fechada implica passar da
acusação à responsabilização, que nos leva à
reformulação. Uma escola aberta à comunidade provoca
confrontos, mas leva-nos a repensar a escola, o acto pedagógico
no seu valor sócio-cultural. O objectivo geral de todas
as actividades expressivas que eu proponho, residem na
aquisição de instrumentos de cultura e no
desenvolvimento de capacidades para um melhor equilíbrio
do ser. No campo do teatro interessa-me vencer bloqueios
para uma melhor linguagem de vida, desenvolver autonomia,
cooperação, explorar linguagens, para promover a
disponibilidade psicológica tão importante no acto
criador. No fundo, desenvolver a expressão e a comunicação
através de criações lúdicas colectivas. Em termos
pedagógicos, é tão importante o processo como o
resultado. Daí, partirei para uma fase do trabalho de
exploração técnica, onde a experimentação, o contacto
com o texto, a sua visualização no tempo e no espaço, a
animação dessas imagens, o envolvimento sonoro, as
características estéticas na criação cénica, a
divulgação e apresentação são as etapas componentes
da criação artística esperada. A ideia de programar é
uma estrutura mental que nos proporciona uma previsão de
tentar controlar uma futura acção. Nesta área das
expressões, programar não significa exactamente reduzir
ao mínimo possível a intervenção do acaso
(o professor como gestor do imprevisto deve estar
sempre em alerta total). Trata-se de um processo de ordenação
de meios, modos e ideias fundamentados, através de um
conjunto de dados científicos e da experiência, tanto no
domínio da especialidade como no conhecimento dos
destinatários, para se atingirem objectivos específicos.
Naturalmente, um processo de planificação tem na sua essência
a previsão, a selecção e a organização. Os elementos
dessa planificação são os objectivos, conteúdos, técnicas
de ensino, actividades de ensino, recursos auxiliares e técnicas
de avaliação. Na estratégia do professor deve-se sempre
ter em conta o diagnóstico dos destinatários para que,
ao programar, se atente o clima de grupo a nível físico,
afectivo, social e intelectual, proporcionando facilidade
em aplicar as situações de trabalho actuando com
organização. O processo de transmissão de conhecimentos
quer na sua forma formativa, quer na sua forma meramente
informativa, é um processo informativo.
A teoria da informação ensina-nos que em qualquer
processo informativo existe um emissor,
um receptor e um canal de informação
que liga
o emissor ao receptor. Para que as mensagens enviadas pelo
emissor ao receptor sejam recebidas, é obviamente necessário
que o receptor esteja sintonizado com o
emissor e seja capaz de receber ao ritmo
que o emissor envia. Se estas duas condições não
existirem, a informação perde-se. Para que a informação
seja transmitida a um ritmo óptimo, é também necessário
que o canal seja o mais adequado a esse ritmo de transmissão.
No
processo pedagógico o emissor é quem dá as aulas, o
receptor é o estudante e o canal de informação são as
ferramentas de que o docente se serve para transmitir a
sua mensagem, por isso o ensino tem de ser motivante.
Nesse sentido o docente tem de ser capaz de motivar o
estudante, respondendo às suas interrogações e, num
processo formativo, ser capaz de lhe criar novas interrogações
a que ele se sinta interessado a responder. O acto de
ensinar implica uma atenção constante aos métodos de
ensino que constitui o canal de informação. Conforme os
assuntos a abordar, devem ser utilizados os meios mais
convenientes para aproximar o docente do estudante. Esta
proximidade implica que o método de ensino seja democrático,
ou seja, é necessária a participação activa do aluno.
Este processo de realimentação é de capital importância.
A participação deve ser encorajada, tendo como objectivo
fundamental o desenvolvimento de um conjunto de qualidades
que farão falta a qualquer quadro. São elas: decisão
, planificação , organização
, trabalho em equipa e domínio técnico-científico.
É pela discussão do trabalho continuamente desenvolvido,
que se deverá procurar aumentar estas qualidades no
estudante. O trabalho em equipa deve ser particularmente
estimulado. Mas para que o ensino seja efectivamente
democrático, é necessário encorajar os estudantes à
procura da verdade pelos seus próprios meios,
ultrapassando os limites da sala de aula, acabando por ser
uma das formas de participação. Embora o docente deva
fazer publicações dedicadas à actividade da
aprendizagem, não devem ser essas obras as únicas a que
o estudante tem acesso para consulta. Tal seria uma prática
totalitária, contrária ao desenvolvimento dum pensamento
aberto e dialogante. O desenvolvimento das capacidades dos
alunos está ligada à forma prevista, executada e
consequente, dos docentes, o que torna o professor responsável
pelo conhecimento de todas as condicionantes ao seu
trabalho. Qualquer didáctica específica, estuda
cientificamente tendo em conta sempre o como, o porquê,
o onde e o que foi, leva sempre o docente a
tornar-se mais performant, consciente, eficiente e responsável
à medida que evidencia uma autonomia que lhe será necessária
para sempre na sua prática. É claro que a formulação
de uma metodologia só é entendida se houver
conhecimentos básicos de História da Pedagogia, para que
os conceitos escolhidos sejam aplicados compreendendo as
evoluções tanto na sociedade como nas pesquisas científicas,
consequencializando princípios pedagógicos. É por isso
que as didácticas não podem funcionar como receita,
porque o reestudo dos métodos levam-nos sempre a
reformular novos conceitos e novas fórmulas. Devemos é
ter em conta uma realidade específica - o conhecimento e
a realidade dos componentes dos grupos com quem se
trabalha, para que a utilização de uma estratégia e método
não se transforme numa experiência gratuita. Qualquer
situação pedagógica deve-nos facilitar a análise explícita
e justificada que provoque deduções pertinentes e
coerentes ao processo. Daí a grande necessidade de uma
planificação actualizante que considere as condições
epistemológicas e as circunstâncias didácticas. Se nos
prevenirmos da justeza das circunstâncias escolhidas,
todas as situações que se improvisem para além da
programação correm menos riscos de insucesso. Os alunos
terão tendência em ser mais colaboradores se as
actividades preconizadas lhes parecerem úteis no sentido
de resultados, e credíveis se for aplicado rigor na
manutenção e na orientação dos conteúdos. É evidente
que quando se definem objectivos, temos de pensar que
estamos a definir um pouco a "construção
humana" que se espera. Daí que os conceitos de vida
devem respeitar a construtividade positiva a todos os níveis.
Nunca será só programar por programar, jogo pelo jogo,
prazer pelo prazer, mas sim programar para construir
sabendo, jogo pelo dinamismo do controle das regras sabendo
fazer, prazer para que a alma estética do indivíduo
se eleve com amor sabendo ser. Tudo isto leva-nos
sempre a uma avaliação, que no caso do uso de didácticas
específicas do Teatro na Educação não deixam de se
fazer em dois sentidos - a avaliação do trabalho do
formador e a avaliação do trabalho do formando, sempre
mais no sentido de uma avaliação criterial/didáctica do
que normativa ( apesar das exigências do sistema
educativo ), é que a tradução para uma quantia não nos
oferece problemas por usar uma estratégia que leva os
alunos à honestidade. Toda uma metodologia assim acente
proporciona ao jovem face a si próprio e aos outros, um
enriquecimento da personalidade ao mesmo tempo que lhe
permite perceber o potencial educacional que é a
actividade expressiva. Os resultados esperados deste
projecto são perfeitamente viáveis e impõem-se como
realidade na apresentação de trabalhos ligados ao
teatro. Tendo em conta o ponto de partida ao qual este
projecto dá resposta na finalidade da Educação, na
concepção de Homem e na concepção de Escola, surgem
determinações internas com as quais me confrontarei
positivamente tanto com o sector administrativo como pedagógico
da escola. A avaliação de uma actividade implica uma
reflexão do vivido, analisando em que medida as
actividades proporcionaram a consecução dos objectivos,
respeitaram os princípios psicopedagógicos, no fundo o
que se alcançou, adquiriu e revelou. Face aos dados
recolhidos nesta reflexão e, em conjunto com a escola e
com os participantes do projecto perspectiva-se o "a
viver". Em vez de uma educação voltada para o
"ensino" de "conhecimentos" tidos pelo
adulto como importantes certos e imutáveis, tendo por
finalidade "formar", entendo ter melhor efeito
uma educação voltada para a satisfação das
necessidades do jovem. Pretendo uma mutação não só nos
aspectos administrativos e programáticos da educação,
mas também nos métodos e princípios pedagógicos. Urge
uma escola onde haja espaço, onde o jovem de acordo com o
seu carácter se eduque através de experiências livres e
conforme o desejar, vividas por ele próprio. Em relação
à criatividade e à expressividade que é onde se centra
toda a minha conduta pedagógica, não desejo impor padrões
pseudo-estéticos. A prática do acto criador propõe
iniciativa formando
assim as aptidões e a personalidade, ao mesmo tempo que
ensina a viver com os outros. No teatro, o acto criador
está parcialmente subordinado a um conjunto de aspectos técnicos
e artísticos desde a pesquisa à defesa de ideias levando
os processos serem mais complicados mas mais
entusiasmantes. Este projecto inserido numa escola onde
indivíduos de várias turmas coexistem nos seus tempos
livres, tem a intenção de dar resposta como escola
dentro de outra escola, como meio do indivíduo se servir
e servir para um melhor conhecimento de si próprio, dos
outros, do que o rodeia e de o tornar receptivo à
intervenção de qualidade. Não é possível abrir uma
escola à comunidade com Educação pela Arte sem correr
RISCOS, mas as vozes com ECOS de apoio e positivismo são
já um facto onde numa escola sobrepovoada e com falta de
espaços físicos está a ter cabimento.
HISTÓRIA
E TRABALHOS REALIZADOS
Em
1989, em consequência da extinção da Escola do Magistério
Primário de Aveiro e com o apoio da Coordenação da Área
Educativa de Aveiro, fui colocado nesta escola como
professor provisório ( vindo da docência da disciplina
de Movimento e Drama, formado pela Escola Superior de
Educação Pela Arte e recentemente com a licenciatura em
Expressão Dramática e Criação Teatral na Educação ).
Nos primeiros meses desenvolvi actividades no campo do
teatro integradas no projecto do ME e da SEC "A
Cultura Começa na Escola".
ANO LECTIVO DE
1989/1990
descobertas e definições
Neste
ano lectivo formaram-se vários grupos de trabalho.
Fizeram parte dos 6 grupos de teatro 39 alunos que
apresentaram "Viagens da Nau Catrineta" de
Almeida Garrett, "25+0=3ºEsq." texto colectivo,
"Teatro de Sombras" com texto colectivo, "Páre,
Escute E Olhe" texto colectivo, "Recital de
Poesia e Música" de Eugénio de Andrade, Eugénia de
Melo e Castro, Florbela Espanca, Nuno Reis e Luis Serrano,
"Do Princípio ao Fim" dança criativa em
parceria com o Projecto Dança de Aveiro. A escola
participou pela primeira vez no XI Encontro de Teatro na
Escola em Santo André/Santiago de Cacém. O projecto
apresentou-se ao concurso "EDUCAR INOVANDO/INOVAR
EDUCANDO" do I.I.E. tendo sido contemplado com um prémio
de 200.000$00.
ANO LECTIVO DE
1990/1991
adesão maciça
Neste
ano, a actividade dos grupos de teatro foi ampliada. Em
Novembro de 1990 apresentou-se o espectáculo
"DESLOCAÇÕES" em parceria com o Projecto Dança
de Aveiro. Durante o ano procuraram-se apoios materiais.
Graças à Associação de Pais, aplicaram-se os panos de
cena no ginásio que custaram 500.000$00. Graças a apoio
da escola, de grupos da comunidade e da Fundação
Calouste Gulbenkian instalou-se no ginásio uma teia movível
com projectores, mesa técnica de luzes e cortinados. Este
material custou cerca de 800.000$00. Durante os meses de
Abril e Maio, os grupos de teatro apresentaram "Esta
Noite Improvisa-se" de Pirandello, "Eu Sou Uma
Mulher de Bem" e "O Avejão" de Raul Brandão
e "Anna Kleiber" de Sastre. No dia 1 de Junho
apresentou-se a peça "O Quarto Mágico" texto
colectivo, para crianças dos arredores da cidade. As duas
primeiras peças referidas foram levadas ao XII Encontro
de Teatro na Escola em Miranda do Corvo. Fizeram parte dos
grupos de teatro 59 alunos.
ANO LECTIVO DE
1991/1992
a viagem nas viagens
As
actividades aumentaram em número de participantes, em
quantidade e em qualidade. Graças à Fundação Calouste
Gulbenkian que mais uma vez nos apoiou (300.000$00)
pudemos adquirir uma aparelhagem de som que satisfez todas
as necessidades dos grupos em matéria de som. A
comunidade estudantil do projecto mobilizou-se conseguindo
verba para uma viagem a Lisboa à Companhia de Teatro
Comuna. Esta visita de estudo foi a 15 de Março com o
objectivo de ver a peça de John Ford "Má Sorte Ter
Sido Puta", de dialogar com os actores e encenador
sobre o trabalho em cena e sobre o papel social do Teatro.
De 28 de Abril a 2 de Maio estivemos na Escola Secundária
de S. Pedro do Sul a participar no XIII Encontro de Teatro
na Escola, apresentando o trabalho colectivo "De
Bruxas". Houve vários espectáculos dentro e fora da
escola. No dia 25 de Maio todos os grupos apresentaram os
seus trabalhos: "Banalidades" adaptado de
"Felizmente Há Luar" de Luis Sttau Monteiro,
duas versões de "O Fim" de António Patrício,
"Dramatis Personae Per Setem Scaenas" adaptado
de "Pedro o Cru" de António Patrício e da
"Tragédia Castro" de António Ferreira,
"De Bruxas"- trabalho colectivo sobre As Bruxas
ao Longo dos Tempos.
Os alunos de Teatro foram 60.
ANO LECTIVO DE
1992/1993
pouco a pouco
a minha alma se vai
afeiçoando à sua
Depois
do cativar vem uma onda de emoções que nos atravessa,
abanando a nossa criatividade, colando-se à nossa
autonomia e iniciativa, para que abertamente se promova o
conhecerem-se. Depois vem a entrega e a partilha da experiência,
dividindo sem angústias os saberes, assumindo sem utopias
as realidades e as ficções. O plano de trabalho
estabelecido no princípio do ano foi cumprido na sua
totalidade. Em Outubro, a Fundação Calouste Gulbenkian
subsidiou o Projecto (450.000$00) que nos possibilitou
comprar material de cenografia, caracterização,
figurinos, livros de teatro e pagar viagens em função do
Projecto. Em Outubro no Porto estivemos representados como
único Observador Nacional convidado no VII Festival
Internacional de Jovem Teatro, organizado pela Secretaria
de Estado da Juventude. Foram apresentados a público 4
trabalhos no Dia da Escola -25 de Maio- "Não"
com texto colectivo a partir do poema de José Régio
"Cântico Negro", "O Vento" com uma
colagem de Nuno Sobral de textos de Manuel Alegre,
Fernando Pessoa, João de Deus, Arsélio Martins, Augusto
Gil e da Bíblia Sagrada, "Branco no Branco"
composto a partir do "Rei Imaginário" de Raúl
Brandão, "Eu-Próprio e o Outro" de Mário de Sá
Carneiro e vários poemas de António Botto que esteve em
cartaz no Museu de Aveiro durante a 1ª semana de Julho,
nas Jornadas de Teatro da Póvoa do Forno e nas comemorações
do 4º Aniversário do Grupo de Teatro de Abrantes. O
trabalho "A Prisão e o Circo" com textos de
Nuno Sobral, Y. Centeno e António Botto foi levado ao XIV
Encontro de Teatro na Escola que se realizou na Escola
Secundária Alexandre Herculano do Porto. Foi realizado
e apresentado um trabalho de Marionetas escrito
pelos alunos. O grupo de Dança Criativa apresentou os
seus trabalhos no
Teatro Aveirense integrados no espectáculo anual da
Companhia de Dança Projecto Dança de Aveiro no dia 18 de
Junho.
ANO LECTIVO DE
1993/1994
o crescimento contínuo
Em
Outubro, a Câmara Municipal de Aveiro concedeu-nos um
subsídio de 200.000$00, que cobriu algumas necessidades
económicas do projecto. Participámos no 1º Encontro
Nacional de Teatro Escolar em Évora nos dias 30 e 31 de
Outubro e 1 de Novembro com o trabalho "Branco no
Branco" organizado pelo Núcleo do Ensino Artístico
do Departamento do Ensino Secundário do Ministério da
Educação. Sempre na tentativa de melhorar a existência
do jovem em risco e de banir doenças profissionais dos
professores, fomos muito além do plano de trabalho
estabelecido para este ano em consequência do grande número
de alunos e professores a aderirem às actividades do
Projecto. "As Criadas" de Jean Genet foi o
trabalho levado ao XV Encontro de Teatro na Escola em
Castro Daire e às 2ªs Jornadas de Teatro na Póvoa do
Forno. "A Casa de Bernarda Alba" de Federico
Garcia Lorca foi o trabalho levado ao Festival de Teatro
Jovem de Montemor-o-Novo nos dias 14 e 15 de Maio. Nos
dias 24 e 25 de Maio apresentaram-se nesta escola os
trabalhos já referidos e "Ilusão Hora de
Partir" de Simões do Canto, "O Vício" com
texto dos alunos, "Duas Luas Entre Dedos" de António
Cabrita, "Caixa de Surpresas" com texto dos
alunos e "O Mundo dos Outros" de José Gomes
Ferreira. Foram participantes nestes trabalhos 44 alunos.
ANO LECTIVO DE
1994/1995
ano de viragem
começa a disciplina
curricular OED
Fomos
subsidiados pelo Governo Civil de Aveiro e pela Coordenação
da Área Educativa de Aveiro no montante de 150.000$00
tendo sido gastos nas deslocações dos grupos de teatro.
O trabalho "A Voz Humana" de Jean Cocteau foi
apresentado no XVI Encontro de Teatro na Escola em Olhão
e no dia 25 de Maio na nossa escola. O trabalho "Dias
Felizes" de Samuel Beckett foi apresentado no dia 19
de Junho na nossa escola. Não se realizaram trabalhos de
artesanato por incapacidade de carga horária da parte do
orientador. Foram 18 os participantes nos trabalhos
referidos.
ANO LECTIVO DE
1995/1996
encontro de teatro
Realizou-se
nesta escola o XVII Encontro de Teatro na Escola de 26 a
30 de Abril (consultar o Relatório do ETE). Esta escola
abriu o ETE com o trabalho "Pois" com colagem de
textos de Rui Zink, Mário de Sá Carneiro e Alçada
Baptista, no insólito de uma paragem no tempo em que um
grupo de mulheres, situadas num espaço indefinido, faz um
retrato da vida de um "quase morto". Fizeram
parte deste trabalho 15 alunos.
ANO LECTIVO DE
1996/1997
interrupção
ANO LECTIVO DE
1997/1998
interrupção para
trabalho de divulgação no exterior de Aveiro
A
interrupção das actividades deste projecto, atribuiu-se
ao facto do orientador não ter estado disponível por se
ter encontrado a fazer complemento de formação com um
C.E.S.E. em Expressão Dramática e Criação Teatral no
Ensino no Instituto Politécnico do Porto em regime pós-laboral.
No entanto, no ano lectivo de 1997/98, a nossa escola, foi
escolhida pelo Presidente da República Dr. Jorge Sampaio,
para representar o ensino de Expressão Dramática em
Portugal durante as Jornadas Pedagógicas da Presidência
da República.
ANO LECTIVO DE
1998/1999
recomeçar
dois grupos - um
trabalho
Sem
dúvida que foi difícil produzir uma única encenação
com dois grupos de alunos, em horários diferentes durante
todo o ano, e que se fundissem numa obra sem se perceberem
colagens. Conseguimos o que no princípio parecia ser
verdadeiramente impossível.
TÍTULO: "Em Branco"
AUTOR: Emma Santos
ADAPTAÇÃO: Duarte Morgado - a partir do texto
"Teatro"
... trabalho onde a loucura e a sanidade andam de mãos
dadas cobertas por grinaldas de flores secas de sede e
fartas de fome...
Fizeram
parte deste trabalho 12 alunos. Comecei os trabalhos,
comunicando aos pais a estratégia que ia usar com os
alunos, o tempo que eles iriam trabalhar comigo e autorização
para este projecto poder concorrer ao XX Encontro Nacional
de Teatro na Escola em Faro. Conseguimos verba monetária
a partir de vendas de objectos que cobriu as despesas de
transportes e a compra de algum material necessário. A
estreia do trabalho realizou-se na Sala de Teatro da nossa
Escola a 24 de Março e actuámos, no mesmo local, a 18 de
Junho às 21.30h. Participámos no referido Encontro.
Fomos objecto de louvor tanto no trabalho apresentado como
no comportamento exemplar do nosso grupo.
ANO LECTIVO DE
1999/2000
grandes apostas
Este
ano foi muito especial. Estiveram comigo a trabalhar 4
grupos de teatro com 4 trabalhos respectivamente
diferentes. Englobaram 25 alunos na montagem de trabalhos
dos autores ANTÓNIO PATRÍCIO, ARNOLD WESKER, EDUARDA
DIONÍSIO E OBRAS ESCRITAS POR ALUNOS DO ESTABELECIMENTO
PRISIONAL DE AVEIRO ( neste caso, em TERAPIA SOCIAL PELO
TEATRO ). Estes trabalhos foram todos apresentados a público,
tendo tido uma aceitação fora do vulgar.
ANO LECTIVO DE
2000/2001
ano maduro
qualidade
Realizámos
a abertura do ano lectivo 2000/2001, a 20 de Setembro, com
um trabalho dos alunos do 12º ano do ano lectivo passado.
Apresentaram a público a Peça de Teatro "MULHERES Nº
40" - adaptação de "DESBARATO" de Arnold
Wesker.
Continuámos
com 1 grupo de teatro composto por alunos da escola. O
programa foi transmitido aos encarregados de educação
dos alunos do grupo. Este ano lectivo foi dedicado a
produzir um trabalho encetado no ano lectivo anterior -
"O Fim" de António Patrício - NASCEM
MURCHAS ABREM MORTAS. Foi apresentado quatro vezes em
várias datas possíveis e nos Festejos Comemorativos dos
150 ANOS DE ESCOLA SECUNDÁRIA JOSÉ ESTÊVÃO a 25 de
Maio.
Numa
nova tentativa de angariação de fundos monetários para
a construção faseada de um auditório na sala de teatro,
fomos contemplados com um subsídio pela Câmara Municipal
de Aveiro. Deram-se por encerradas as actividades deste
ano lectivo projectando-se para o próximo ano um trabalho
do autor Tchekov.
ANO LECTIVO DE
2001/2002
Continuação da
procura da qualidade
Qualidade
À
imagem do ano anterior, continuámos com 1 grupo de teatro
composto por alunos da escola. O programa foi transmitido
aos encarregados de educação dos alunos do grupo. Este
ano lectivo foi dedicado a produzir um trabalho com o título
“ROMEU E JULIETA OU ENTÃO ADELAIDE E IVO”,
numa adaptação
e Colagem Dramática a partir de Textos de TCHEKOV, BOCAGE,
AL BERTO e HOLDERLIN por Duarte Morgado; a Encenação,
Desenho de luzes, Sonoplastia e Cenografia também de
Duarte Morgado; a Produção e Realização do Projecto
Riscos & Ecos, aproveitando o subsídio anterior, a
Interpretação Dramática esteve a cargo de Ivete Pio e
Artur Pereira, a Interpretação Musical ao vivo de Artur
Pereira e a sonoplastia da peça foi Música de Dulce
Pontes – “O Primeiro Canto”. Depois deste trabalho
apresentado, deram-se por encerradas as actividades
deste ano lectivo projectando-se para o próximo ano um
novo trabalho com um novo grupo.
ANO LECTIVO DE
2002/2003
Ano de
incompatibilidade de horários disponíveis para os alunos
Não
foi possível realizar trabalho por incompatibilidade de
horário com os alunos interessados. De qualquer forma
devo registar que a 18 de Outubro foi apresentado a público
o trabalho do ano anterior -
“ROMEU E JULIETA OU ENTÃO ADELAIDE E IVO”,
numa adaptação
e Colagem Dramática a partir de Textos de TCHEKOV, BOCAGE,
AL BERTO e HOLDERLIN por Duarte Morgado; a Encenação,
Desenho de luzes, Sonoplastia e Cenografia também de
Duarte Morgado; a Produção e Realização do Projecto
Riscos & Ecos, a Interpretação Dramática esteve a
cargo de Ivete Pio e Artur Pereira, a Interpretação
Musical ao vivo de Artur Pereira e a sonoplastia da peça
foi com Música de Dulce Pontes – “O Primeiro
Canto”.
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