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Gostava de ser um poeta do amor,
Colocar asas no meu pensamento
e conseguir amar a vida com fervor,
Mas para tanto falta-me assaz talento...
Amor! Amor! Ó meu grande amor!
Amei-te, de verdade, até à exaustão!
Eu quisera que ele fosse em clamor...
Eu ainda te amo, do meu coração!
Fugiste do beiral, sem rumo e sem norte
Ó negro dia esse da minha existência!
A Terra parou, apagou-se o Sol...
E tudo eram trevas em redor. Má sorte.
Tu estavas só, só com a minha ausência.
O Universo falhou, nem houve arrebol!
Covilhã, 12 de Abril de 1004.
DOMINGOS DE GUIMARÃES
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