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Eduardo Manuel Maia Figueiredo



MEDIEVA CANTIGA

E SE É DE AMOR OU DE AMIGO
DESCOBRE TU, QU'EU NÃO DIGO
QUE O CANTO É JÁ ANTIGO

 

 

Mui ilustre e nobre dama dos longos cabelos e caracóis,
Por mercê do Altíssimo, (que seja louvado!), caíram em meus ouvidos
as palavras da vossa intenção de decorar o ilustre elmo dum conhecido
Cavaleiro deste Castelo, com não menos ilustre armação.

Aceitai, pois, Senhora minha, este cruzado, de corpo e alma feridos em
terças gloriosas com infiéis e mui nobres cavaleiros, e deixai que vosso
lenço me acompanhe.

Não seria, para mim, senão a suprema glória de descansar minha lança
em riste, não no ogival arco do humano triunfo, mas sim,
na perfeita elipse da Mulher.

Que melhor remanso para uma lança em riste, cansada de liças, e que
melhor lição para o nobre Cavaleiro que assim vos desmereceu?

Possa vosso lenço eu desfraldar, e em glória, a lança em riste eu terçar!
E se vossas Aias e Pagens, mal interpretarem o elipsoidal arco,
lembrai-lhes, Senhora minha, que pode ser,
só um beijo...ou um abraço...

Do mui nobre e ilustre Cavaleiro, que bem conheceis,

D. Eduardo Manuel da Silva e Maia Sarmento Ataíde Pimentel
France de Figueiredo,
Visconde
Castelo C+S de Paço de Sousa

S. Valentim
aos 15 de Fevereiro do ano da Graça de 1993

neste Reino de Portugal
 

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