Adriano Casqueira Pires

O sino de S. Gonçalinho

Sino que choras…
Por quem choras tu?
Se a vida é tristeza
E a dor acabou,
Por quem dobras tu
O toque de finados,
Se aqueles que vivem
São mais desgraçados?...

Um dia, ainda,
Hei-de ouvir soar
Um toque de sinos…
Ser de repicar
Quando a vida for…                                                

E a morte chegar.

(Finais da década de 1950, 
no antigo Café Arcada, nas Pontes,
em Aveiro)

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