A ti, Coimbra

Coimbra, terra melodiosa e de ciência;
onde impossível é não ver a poesia
que desperta em ti, hora a hora, dia a dia,
e te torna, Coimbra, Senhora por Excelência.


Que linguagem é a tua, dama do Mondego,
sempre em beleza, velha e nova;
paraíso onde a vida se renova
e que falas tão alto em teu sossego?!


Há em ti, Coimbra, drama e profecia.
Não te amar é como amar-te, dói.
Todo o poeta que te cantou é um herói,
porque lhe aqueceste o coração, um dia.


E quem por cá passou jamais esquece
a fascinação das serenatas ao luar;
e quem por cá passou e não te soube amar
raízes não deixou, saudades não merece!...

                               Coimbra,1949

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