Novos Desafios, Novos Rumos...
Em tempos de
globalização das estruturas macro-económicas, em tempos de
ameaça de guerra, em tempos de grandes transformações
administrativas e pedagógicas na Escolas portuguesas, penso que
é necessário uma grande dose de optimismo e de força de vontade
para o Novo Ano Lectivo ter inicio.
Reconhece-se o papel
importante que a escola desempenha na sociedade, mas os factores
de incerteza desempenham também um forte papel que não devemos
ignorar. Contudo, conceitos como sustentabilidade, valores
éticos, humanismo, espaço pedagógico e participação cívica são
conceitos que devem estar permanentemente presentes.
Para que se ponha em
marcha um novo ano, é urgente que o Projecto Educativo de Escola
exista, visando a aquisição de competências para resolver de
modo flexível e criativo as várias situações com que nos
confrontamos, no dia a dia, no espaço escola e na comunidade
onde ela se insere.
Sem uma verdadeira
formação pessoal e social de todos intervenientes, professores,
auxiliares educativos, administrativos e alunos não se poderão
encontrar estratégias conducentes a uma cidadania participativa.
A criação de
oportunidades educativas na escola com vista a tornar todos
capazes de realização pessoal e de vida social em democracia e
de intervenção, quer de dia quer à noite, pressupõe uma
perspectiva de reforma Educativa, de inovação pedagógica e de
desenvolvimento curricular permanente que terão que estar
presentes no dia a dia das Escolas.
São necessárias
condições para o desenvolvimento de uma dinâmica de inovação
interventiva. A Educação nunca poderá ser uma educação de
sobrevivência nem um ensino "á Ia carte". As abordagens
pedagógicas devem ser estruturadas pela sustentabilidade. A
autonomia não deve ser um conceito a ses explicado, mas uma
prática a ser vivida e onde cada escola tenha a capacidade para
efectuar opções construtivas, elaborar as suas próprias normas e
encontrar um caminho original. Em Educação, em geral, é
fundamental agir e cooperar, a comunidade não modificará a sua
atitude se não houver uma efectiva mudança de mentalidades, pois
não se mudam condutas se não se alterarem pensamentos e
perspectivas de realidade.
Seguindo a obra do
nosso patrono, novos desafios, novos rumos teremos, certamente,
de percorrer e aliás de os divulgar. A todos os leitores do
Factos e Fitas um Verão sadio e um regresso promissor.
A coordenadora
pedagógica
Maria Luísa M. S. Catarino |