Seja qual for o rumo económico das
modernas actividades de Ovar, o mar andará sempre no sangue e nos olhos
da sua gente. O seu jeito marítimo será eternamente o mais gracioso
timbre na heráldica das suas tradições. E na própria capital do País,
todos os dias, ao abrir da manhã e ao entardecer, Ovar terá a dita de
ser recordada no pregão musical das varinas.
Esse pregão matinal logo evoca o encanto marítimo de Ovar, a luz azul do
seu mar, o seu odor salino, a graça dos seus barcos esguios e das velas
balouçantes na Ria. É uma tradição que não acabará, enquanto existirem
varinas em Lisboa.
E
elas próprias, as belas varinas de raça pura, de cinta elegante e saia
rodada, braço recurvo segurando a canastra, boca vermelha, olhos cor de
mar, não são, apenas, um cartaz de Ovar, mas de Portugal – um lindo
cartaz de frescas tintas e de fino sabor marítimo, que há muito tempo
faz saudável propaganda portuguesa além fronteiras...
Na imagem, Um aspecto da linda e importante fazenda
agrícola de Colares Pinto & Irmão, em Ovar
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