Bombeiros Privativos do Amoníaco Português
Uma instituição fabril com a amplitude e
características do AMONÍACO PORTUGUÊS, S.A.R.L., impunha um específico
sistema de prevenção contra sinistros, designadamente contra incêndios.
E foi partindo desta ideia que se criou ali, em 26 de Junho de 1958, um
corpo de Bombeiros Privativos, com um quadro inicial de 24 elementos
subalternos e um Comandante.
O quartel está guarnecido com duas
moto-bombas, ambulância, escada «magirus» e aspirador de gases, além de
máscaras e escafandros próprios para todas as diversas e previsíveis
emergências.
Entre outros, no incêndio da sub-estação da
empresa, verificado em 1961, em que muito se distinguiu o Subchefe
Amílcar Marques Correia − justissimamente louvado pela sua operosa
actuação −, os Bombeiros Privativos do Amoníaco Português mostraram-se à
altura da sua arriscada e humanitária missão.
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Bombeiros Voluntários Privativos da
Companhia Portuguesa de Celulose (Cacia)
DATA DA FUNDAÇÃO
Corresponde à data de apresentação na
Inspecção de Incêndios da Zona Norte da 1.ª lista de Bombeiros
Privativos, ou seja. 1/4/1956.
FINALIDADE DO CORPO
Segundo o artigo 1.º do «Regulamento
Interno» (actualizado) aprovado pelo Conselho Nacional do Serviço de
Incêndios em 14/10/1964, «O Corpo Privativo de Bombeiros Voluntários das
Instalações Fabris da Companhia Portuguesa de Celulose constitui uma
unidade que se destina à prestação de serviços de protecção contra
incêndios e quaisquer outros sinistros, das vidas e bens da referida
Companhia e do seu pessoal nas Instalações Fabris e Sociais, sitas em
Cacia, onde o Corpo tem a sua Sede».
No mesmo Regulamento está prevista a
possibilidade do Corpo Privativo de Bombeiros Voluntários das
Instalações Fabris da Companhia Portuguesa de Celulose alargar a sua
acção para fora da zona das Instalações Fabris, em Cacia, obrigando-se
às determinações do Decreto n.º 38439, de 27 de Setembro de 1951.
COMANDANTES
De 1/4/1956 a 8/5/1957 foi Comandante do
Corpo o sr. Eng.º Barata da Rocha.
De 8/5/1957 a 3/8/1962 esse cargo foi
ocupado pelo Sr. José Luís Archer. A partir de 3/8/1962 até ao presente
momento o Comandante tem sido o Sr. Dr. Lúcio de Jesus Lemos.
CONSULTOR TÉCNICO DO SERVIÇO DE INCÊNDIOS
O Serviço de Protecção Contra Incêndios das
Instalações Fabris da Companhia Portuguesa de Celulose, de que faz parte
integrante o Corpo Privativo de Bombeiros, dispõe, desde a sua criação,
de um Consultor Técnico cujas funções foram desde sempre desempenhadas
(com excepção do período em que esteve mobilizado em Angola) pelo sr.
Eng.º Rogério Cansado, actual Inspector de Incêndios da Zona Sul e
Comandante do Batalhão de Sapadores Bombeiros de Lisboa,
MEIOS DE QUE DISPÕE O CORPO
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INCÊNDIOS OU PRINCÍPIOS DE INCÊNDIOS EM CUJA
EXTINÇÃO TEM PARTICIPADO O CORPO |
Ano |
Na Fábrica |
No exterior |
Total |
1965 |
15 |
3 |
18 |
1966 |
17 |
− |
17 |
1967 |
24 |
2 |
26 |
1968 |
22 |
2 |
24 |
1969 |
17 |
2 |
19 |
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Bombeiros Privativos da Fábrica
da Vista Alegre
Foi no já muito recuado ano de 1880: a
Fábrica de Porcelanas da Vista-Alegre, cujas sucessivas gerências sempre
se revelaram ao nível do seu justificado prestígio − nos mais diversos
aspectos, desde o laboral ao artístico e do especificamente fabril ao
social e educativo − fundou então o seu corpo de Bombeiros.
É de acentuar que, não obstante ter sido tal
iniciativa do exclusivo desejo e encargo da reputadíssima empresa −
compreensivelmente mais
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voltada para a prevenção de sinistros na sua área industrial e
adjacentes zonas habitacionais de patrões, empregados e operários −
nunca foi recusada a presença dos seus Bombeiros onde quer que os
chamassem. E assim foi que, para além das corajosas intervenções nos
grandes incêndios da oficina de pintura e da abegoaria da Fábrica, entre
outros aqui de menores proporções, os Bombeiros da Vista Alegre
deslocaram-se para o alarmante fogo que lavrava em Aveiro, aos Arcos,
com sua bomba de madeira puxada por uma parelha de mulas, hoje peça de
museu, que, vai para um século, tão bons serviços prestou. E já
recentemente, além de muitos outras presenças em locais diversos, por
vezes distantes, da Fábrica, os Bombeiros da Vista Alegre acorreram
generosamente à chamada para colaborarem na extinção do incêndio que
eclodiu no edifício do Governo Civil de Aveiro.
Em 1926, Manuel de Oliveiros, de saudosa
memória, deu novo incremento aos Bombeiros da Vista Alegre, que
proficientemente e devotadamente comandou.
Sucedeu-lhe no comando Ângelo Gomes
Ferreira, que, ao longo de 44 anos, dispensou à tarefa que lhe foi
confiada, com raro empenho e eficiência, todo o seu tempo disponível − e
por isso figura, com inteira justiça, nos quadros de honra da
instituição, tanto como José Magalhães, que foi Chefe dedicadíssimo. E
está ainda na memória de todos o saudoso Chefe António Antunes,
instrutor competentíssimo, que aos seus Bombeiros sempre se deu
inteiramente.
O comando dos Bombeiros Privativos da
Fábrica da Vista Alegre está hoje nas mãos de um novo − no posto e na
idade: Luís Nunes Pelicano − merecedor já de uma palavra de louvor pelo
interesse que revela e pelo acerto da sua orientação.
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