Acerca deste álbum

Este é um dos cinco álbuns que, nos começos do segundo período do ano lectivo de 2018/19, nos foi entregue pela Direcção do Agrupamento de Escolas José Estêvão.

É constituído por um total de 111 imagens, todas de tipo fotográfico, predominando o formato 8x11 cm em papel creme. Além deste formato 8x11, encontramos fotografias no 12x20 (1), 10x16 (2), 13x18 (5), 18x24 (9).

As fotografias referentes à região de São Martinho do Porto e Nazaré e subsequentes terão sido feitas pelo mesmo fotógrafo, uma vez que foi utilizado o mesmo tipo de papel, que na época era fornecido em caixas ou carteiras no formato 18x24. No quarto escuro, o fotógrafo dividia as folhas em metades subsequentes, obtendo provas mais pequenas, nas dimensões 12x18, 9x12, 6x9 e 4,5x6 cm. É precisamente isto que poderemos observar, se folhearmos a versão fac-similada que reproduzimos, mantendo rigorosamente a mesma escala do original. Consultem-se as folhas 15 a 21 e atente-se nas diferentes dimensões utilizadas. Apenas numa o fotógrafo manteve as margens brancas da fotografia.

As fotografias da região de Setúbal, todas em formato 18x24 cm, foram feitas por um fotógrafo local, que teve o cuidado de gravar, utilizando uma prensa manual, o nome da sua firma e localidade, sempre no canto inferior esquerdo: «FOTO  CABECINHA - SETÚBAL».

Parte das fotografias referentes a Macau, todas no mesmo formato e em papel creme, apresentam a marca do fotógrafo – Catela –, gravada durante a ampliação da fotografia por meio de uma pequena tira de celofane, na qual se escrevia a nanquim o nome pretendido e depois se colocava por cima da folha de papel fotográfico. Como a tinta nanquim impedia a passagem da luz durante a sensibilização do papel, obtinha-se a branco aquilo que se desenhava, fosse texto ou imagem.

Algumas fotografias há que se encontram completamente amarelecidas e esbatidas, mal se vendo o que elas representam. Isto ficou a dever-se não a uma exposição à luz diurna, mas a uma deficiente fixação após a revelação. Esta deficiência poderá ter-se ficado a dever ou a tempo demasiado curto na fixação ou, mais provavelmente, a uma utilização excessiva do mesmo fixador, cuja capacidade química foi diminuindo gradualmente com o tempo e o número de provas que nele foram mergulhadas. Uma má lavagem das provas fotográficas após a fixação também poderá ter sido a causa do quase desaparecimento das imagens. Vejam-se, a título exemplificativo, as fotografias relativas à serra da Estrela e ao caminho para a Nossa Senhora do Desterro. Sem as modernas ferramentas de edição e tratamento de imagens, não teríamos podido recuperar a qualidade das imagens.

Muitas mais considerações poderíamos continuar a tecer relativamente ao conteúdo deste álbum. A ficha técnica, apresentada no final, poderá ajudar a completar as nossas informações. O mais importante é que este trabalho, no momento presente, nos permita viajar um pouco pelo passado, vendo realidades de outrora que, muito provavelmente, jamais poderão ser observadas por olhos actuais.

Resta dizer, para finalizar, que todos os objectos colocados nas páginas são interactivos. Clicando-se nas miniaturas das fotografias poderemos vê-las em formato maior e numa resolução elevada, voltando-se à página anterior clicando outra vez na imagem.

Depois de termos apreciado o álbum tal como ele foi criado, folheando-o página a página, poderemos consultar a versão «slide-show». Não teremos o prazer da consulta, tal como se tivéssemos nas mãos o original, mas poderemos ver as imagens em grandes dimensões e com legendas e comentários suscitados pela análise deste exemplar, que conseguiu chegar quase incólume até nós. Apenas três imagens se terão eclipsado e ido parar a mãos desconhecidas; e, muito provavelmente, já nem existirão no momento presente.

Que a consulta  do álbum possa dar-vos tanto ou mais prazer do que aquele que tivemos na sua análise e recuperação para o formato digital.

Aveiro, 11 de Julho de 2019

Henrique J. C. de Oliveira

 

 

11-07-2019