Desde
as odes de Horácio
a
poemas de Camões, Sofia,
Petrarca, Dante, e Bocácio
do
Livro da Vida, o posfácio
só
Pessoa o tece, fia e desfia.
Dessa
urdidura algo espreita
do
mau agoiro que desespera:
talvez vírus, vacinas, filoxera
tudo
a comprometer a colheita
e
ensombrando a primavera.
E lá
dos céus, entrementes
caíram graças, neves, chuvas
nas
promessas inconsistentes
de
courelas, adubos, sementes;
mas
tudo foi chão que deu uvas.
Março
de 2021 |