Ana

 

Com brilho rubro no rosto
De nobre e angelical postura
Era Ana, diva tão clara e pura
Que nem a lua cheia d’agosto.

Adágio, madrigal e partitura
Pirilampo errante no sol posto
Sabores a mel, anis e a mosto
Deslumbre de Vénus, candura

O tempo com impudica rudeza
Seus atributo secou na brida
Mirrando-lhe a graça e a beleza.

Imagino Ana e a garridice perdida
Medito sobre as leis da natureza
Reflito nas contingências da vida.

                          Setembro de 2022

 

 

18-09-2022