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EMBORA subordinada às limitações próprias duma página com as características da nossa, não podíamos deixar de trazer a este número especial a habitual colaboração, testemunho da presença feminina na actividade da E. P. A. Dada, porém, a particular feição de que se reveste este número, devido às inaugurações a que se vai proceder nas instalações da Gafanha, assinalamos tal facto com a inclusão, na nossa rubrica de Culinária, de várias receitas utilizando conservas de sardinha, que poderão muito bem ser provenientes da unidade industrial com que a E. P. A. se vai iniciar em Portugal na fabricação de conservas de peixe.

o aniversário

O dia de aniversário é uma data festiva que merece ser devidamente assinalada, a não ser em casos muito especiais, como, por exemplo, um luto recente. É sempre um pretexto para reunir os amigos, mantendo aceso o fogo sagrado da amizade, cada vez mais difícil de incentivar.

Nesse dia, procuremos fazermo-nos bonitas, estreando, se possível, um vestido novo e não tenhamos receio de levar o sorriso mesmo ao exagero, embora o presente que se receba não seja do nosso agrado.

No capítulo dos presentes, abra os pacotes logo que os receba e retribua sempre com uma frase amável e simpática. É evidente que toda a mulher tem tendência para omitir a idade quando o aniversário marca já muitos anos. Mas, se alguém insistir em sabê-lo, responda simplesmente em ar de graça: «Sou já do tempo em que era indelicadeza perguntar-se a idade às mulheres»...

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moda

A mulher que trabalha, o que é hoje em dia absolutamente normal, impôs à moda actual um estilo prático, sóbrio, quer isso signifique a voga dos «tailleurs» de linhas direitas, dos vestidos camiseiros ou dos conjuntos de malha. Ilustrando esta vaga, que já não é nova, publicamos um bonito «tailleur» em «jersey» de lã de duas cores, valorizado pela graciosidade do modelo francês.


o bâton

O bâton continua a ser o senhor absoluto da maquilhagem, pelo menos para certas mulheres. Estas não admitem a moda que o relegue para segundo plano. Em grande parte, têm razão. O rosto ganha nova beleza quando recebe o toque flamante desse «utensílio» de uso feminino.

No entanto, é preciso ter o necessário bom gosto para não utilizar cores que não estejam de harmonia com a tonalidade da pele, ou com a cor dos cabelos. Estes três elementos devem proporcionar o equilíbrio de beleza necessário a um rosto agradável.


curiosidades

■ Para fugir ao lugar comum do quotidiano, para se vestir com elegância, para poder desligar-se da realidade asfixiante do dia a dia, deverá usar-se e até abusar-se da imaginação. Não importa o momento ou as circunstâncias – o importante é saber imaginar.

■ Não comete falta quem usa o telefone para se informar sobre o estado de saúde de um amigo. As pessoas enfermas, em geral, preferem ficar em repouso, a fim de recuperar mais rapidamente a saúde.

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■ Num templo, deve estar-se em recolhimento e oração e não espalhar sorrisos e cumprimentos. Não é lugar de reunião social, mas de devoção e culto.

■ Quando se convida uma jovem solteira para uma festa, deve estender-se o convite a seus pais, a menos que se trate exclusivamente de festas para jovens.

■ Não se deve insistir demasiadamente quando uma visita mostra desejo de retirar-se.

 

culinária

sardinhas panadas

Abre-se uma lata de sardinhas portuguesas sem pele e sem espinha, passam-se as sardinhas por ovo batido, depois por pão ralado e fritam-se. Servem-se com um esparregado de nabiças e com o molho preparado da seguinte maneira: passam-se por uma peneira duas gemas de ovos cozidos, mistura-se-lhes uma colherzinha de mostarda inglesa, um pouco de salsa muito picada, sumo de meio limão, duas colheres de sopa bem cheias de manteiga, sal e pimenta de Caiena. Leva-se tudo ao lume numa caçarola, mexendo-se rapidamente; não se deixa ferver e tem de ser servido logo que sai do lume.

sardinhas sevilhanas

Passam-se pela peneira quatro a cinco tomates que se levam ao lume com uma colher de farinha de maizena desfeita num pouco de leite. sal, pimenta e queijo ralado.

Cortam-se umas fatias de pão estreitas e compridas, torram-se e barram-se com manteiga. Abre-se uma lata de sardinhas portuguesas sem pele e sem espinha. Põe-se uma sardinha sobre cada torrada de pão e cobrem-se todas com / 41 / o molho que se fez. Vão ao forno até aquecerem bem e servem-se logo. Quando o prato sai do forno, deita-se-lhe por cima uma porção de salsa picada.

sardinhas com presunto

Coze-se um pouco de presunto e faz-se com ele um picado muito bem temperado.

Abre-se uma lata de sardinhas portuguesas sem pele e sem espinha e com o maior cuidado abrem-se as sardinhas ao meio. Põe-se um pouco de picado de presunto numa metade de sardinha e cobre-se com outra metade. Passam-se as sardinhas por ovo batido, depois por pão ralado e fritam-se.

sardinhas brasileiras

Leva-se ao lume uma frigideira com um pouco de manteiga, banha, salsa muito picadinha e uma cebola também muito picada. Deixa-se cozinhar devagar para a cebola cozer, mas não queimar. Abre-se uma lata de sardinhas portuguesas sem pele e sem espinha e tiram-se com cuidado para não se escangalharem. Guisa-se um quilo de ervilhas; devem ficar com pouco molho. Deixam-se arrefecer e juntam-se-lhes quatro ovos batidos. Deita-se tudo na frigideira e dispõem-se as sardinhas em volta sobre as ervilhas, pondo a parte mais larga do lado de fora; enterram-se bem, e, quando estiver aquecida a parte de baixo, voltam-se para aquecer do outro lado.

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