Ao Povo hospitaleiro
desta terra
Com as nossas melhores saudações,
depomos nas vossas mãos o nosso modesto jornalzinho.
Com ele, deixamos um pedaço da
nossa alma, cativa dos sorrisos das gentilíssimas damas desta terra;
um pouco do perfume salgado da
nossa Ria, de ar lavado e céu sem nuvens;
e a doce toada das nossas canções
ingénuas e puras, como a água límpida do arroio, que corre ligeiro a
saltitar.
Com ele deixamos um grande abraço
de fraternidade, para unir todo o Portugal à nossa cidade de Aveiro,
meigamente acariciada pelas águas mansas da sua Ria, cheia de sonho
e incomparável de beleza e de frescura.
Aveiro − Julho − 1939
J. M. |