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Av. Dr. Lourenço Peixinho

 

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Viajando no tempo - Do passado ao presente.

50. Esta é a imagem mais antiga em nosso poder, que nos mostra como deveria ser a zona onde mais tarde surgiu a Av. Lourenço Peixinho. No espólio F. de Morais Sarmento está indicada a década de 1870. Descobrimos tratar-se de um desenho assinado de 1891 e não uma fotografia. É o que corresponde ao mapa de 24 de Julho de 1875. O esteiro original do Côjo ainda existe, vê-se parte do aqueduto de abastecimento de água e o moinho de marés, no canto inferior direito.

51. Imagem provavelmente contemporânea da anterior. Vemos a continuação do aqueduto em toda a sua extensão e a zona que foi atravessada pela Avenida Central praticamente sem edifícios. (Espólio F. de Morais Sarmento).

52. As fotografias seguintes são ampliações e enquadramentos do mesmo negativo em placa de vidro. São posteriores às imagens 50 e 51. São da década de 1890 e não 70, como se diz no espólio F.M.S.. Do aqueduto, apenas vestígios; no lugar dele, algumas casas.

53. Imagem anterior, mas com menor contraste.

54. Reenquadramento do mesmo negativo, mostrando parte do moinho de marés. Notar como do aqueduto apenas existe um reduzido troço.

55. Ampliação do mesmo negativo, enquadrando o moinho de marés, edifício sobre arcos com janelas pequenas e alta e esguia chaminé.

56. Imagem panorâmica obtida a partir das imagens 52, 53, 54 e 55. Esta imagem e as anteriores com que fizemos a panorâmica são de 1890, porque se vê, logo a seguir à casa onde a mulher estende a roupa, um candeeiro de iluminação a gás, inaugurada em Outubro de 1890. As datas atribuídas nos espólios estão incorrectas. Clicar no botão [ i ] para Cronologia do Cojo.  Panorâmica actual em «Aveiro Panorâmico»

57. A mesma zona do Esteiro do Côjo, mas vista do lado oposto. Na metade esquerda, as traseiras do moinho de marés. Depois o centro da cidade e a ponte com dois arcos. Assomando por cima das casas, o novo edifício do Liceu, inaugurado em 15-2-1860. À direita, a rua que ladeava o esteiro e permitia chegar à estação dos caminhos de ferro, conhecida por «Rua da Estação».

58. Continuação do Esteiro do Côjo, na mesma época, ainda por aterrar, mas não navegável devido às piscinas construídas entre as margens. À direita da mancha de água, a rua 16 de Maio, assim designada em 1938, que levava à estação do caminho de ferro, e todas as casas edificadas, destacando-se o edifício do Colégio Aveirense.

59. Em 6 de Outubro de 1890 acenderam-se experimentalmente candeeiros de iluminação a gás. A cidade passa a ser publicamente iluminada treze dias depois. Nesta imagem, vemos um dos candeeiros a gás, que se destaca tendo por fundo o esteiro ainda com barcos e o moinho de marés à direita. Por esta altura, a primeira casa que se vê à esquerda na panorâmica aumentou um piso.

60. Da mesma altura da anterior, temos um ponto de vista diferente. Além das pontes e centro da cidade, vemos a metade direita do moinho de marés e o Esteiro da Fábrica, que veio a herdar o nome do que mais tarde desapareceu.

61. Igualmente da mesma altura, vemos a ponte de madeira que ligava ao edifício do moinho de marés. Na parede do edifício à direita, um dos candeeiros de iluminação a gás da cidade de Aveiro, cujo gasómetro estava instalado numa casa da então chamada «Rua da Estação».

62. Tércio Guimarães registou nesta imagem a data de 1886. Está incorrecto. Nesta altura o esteiro do Côjo ainda existia, como se vê na imagem 59. Talvez 1896. O esteiro já não existe e o moinho de marés ainda está igual. Só em 1903 lhe é acrescentado um piso para nele funcionar a Escola Industrial Fernando Caldeira.

63. Vista do lado oposto do esteiro. Mostra-nos toda a frente da fábrica de louça de Pedro Serrano, o Santeiro, situada junto da «Ponte de Pau», que se vê na imagem 61, a seguir ao edifício que tem o candeeiro na parede. No canto superior direito, a igreja da Misericórdia. O Esteiro da Fábrica já herdou o nome do Cojo, que fora anteriormente aterrado.

64. Nos finais do séc. XIX e começos do XX, já não existe o primitivo esteiro do Côjo. Toda a zona foi aterrada, como se deduz da leitura de Memória de Aveiro no séc. XIX. Este tornou-se um espaço para diversas actividades. Novos edifícios, destacando-se o Colégio Aveirense, muitos dos quais desaparecerão para abertura da avenida central, mais tarde, Dr. Lourenço Peixinho.

65. Fotografia a partir da qual foi feito um postal ilustrado. Há um circulado em 22 de Julho de 1909 na secção de postais. Reparar na pista circular marcada no solo. Aqui e no Rossio decorreram provas de ciclismo, além de outras actividades como feiras e mercados, exercícios militares, etc. A pressão demográfica fez surgir casas e artérias nesta zona, que viriam depois a ser eliminadas para abertura de uma avenida central. O ilhote do Côjo desapareceu e o esteiro da Fábrica passou  a ter o nome do desaparecido.

 

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27-09-2017