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EDITORIAL

Aqui estamos (ainda) mais uma vez! Neste alvor de milénio, em que vamos desesperando por dias melhores, O Alternativas luta pela vida. Tal como o Ensino Nocturno desconhece-se o seu futuro. Mas ele é fundamental para uma escola que se quer melhor e mais viva.
O Ensino Nocturno, enquanto ensino de segunda oportunidade, é imprescindível para um país mais competitivo. Não deixemos que a desqualificação (tal como o analfabetismo) morra de morte natural. Portugal necessita de elevar os níveis de escolaridade dos seus jovens que abandonaram o Ensino Diurno e dos adultos que, pelos mais diversos motivos, o não completaram. Sob pena de hipotecarmos o nosso futuro colectivo.
O SEUC tem a sua morte anunciada para 2008. Entretanto, começou, este ano lectivo, a generalizar-se o novo Sistema Modular. Os primeiros sinais desta Reforma não são encorajadores:

só foi possível abrir uma turma do Curso Tecnológico de Informática e o abandono escolar tem sido notório. Parece-nos que a mera replicação dos cursos diurnos para a noite não foi a melhor solução. Urgia adaptar, corajosamente, os "curricula" diurnos à especificidade do Ensino Nocturno. Mas tal não foi feito.
Se a aplicação do SEUC não foi a melhor, o novo sistema pode dar a machadada final no Ensino Nocturno. Esperemos que não e que não estejamos perante uma nova oportunidade perdida.

Alcino Carvalho