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Fizeram da tristeza sua graça
Os que vagueando, noite escura,
De amargo fel, beberam doce taça
Viajando pelas raias da loucura.
Ergueram estandarte da desgraça,
Da solidão, da dor, da desventura.
Passaram pela vida, como passa
Quem não recebe, ou dá, qualquer ternura.
Eu, porém, que amo o sol
nascente
Trago no peito a luz da alvorada,
Procuro a paz, em Deus sou crente;
Eu, não quero, nem vou ficar
calada.
A alegria, o amor, em tom crescente
Hei-de cantar, até ficar cansada. |