Aida Viegas, Lampejos, Aveiro, Edições AVI, 1996, p. 18.

Carpe diem

Hoje o dia é meu;
Foi Deus quem mo deu;
Vou viver feliz.
Terei amanhã?
Quem é que mo diz?
Eu não vou deixar
O tempo escapar
Sem saborear
Preciosa dádiva
Que é p’ra mim a vida.
Esta hora é minha
Vou aproveitá-la:
A olhar o belo,
A sorver a paz,
Gozar a saúde,
A quebrar a raiva
A esquecer o medo.
Minimizo a dor
Afasto a ansiedade
Afogo a tristeza.
Vou resolver tudo
Com este segredo:
Vou beber amor
Só felicidade
Sirvo à minha mesa
Sempre acompanhada,
De calma alegria,
E, à sobremesa?
Comerei magia.
Hoje o tempo é meu.
Foi Deus quem mo deu.
Que belo este dia!...


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