Vacuidade

 

Sigo o caminho da luz ao acaso
Desde o nascer até ao crepúsculo
E vou vislumbrando nesse percurso
Mansões onde se abrigam monstros
Uivando a lembrar alcateias famintas
Mas onde não há a fome da miséria
Apenas a escassez de misericórdia
Essa nobre virtude que descartam
E é de tal ordem essa carência
Que, quando saem da sua noite
Na vacuidade da suma arrogância
Impregnada de precária grandeza
Entram no quadrante da luz sem a ver
Porque vivem arquétipos fora da lei.

                          Maio de 2025

 

 

09-05-2025