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a gestão

dos

«stocks

(continuação)

 

OS «STOCKS»

I – «stocks» reais e «stocks» virtuais

Os «stocks» de materiais devem ser constituídos de acordo com as necessidades de fabricação. Logo que as encomendas dos clientes são recebidas, o serviço comercial certifica-se da existência em armazém dos materiais necessários para obtenção dos produtos encomendados ou põe a funcionar o sistema de compra.

Existem, pois, duas espécies de «stocks»:

a) Os «stocks» reais encontram-se realmente em armazém

Um «stock» real está disponível quando não se encontra ainda designado para uma determinada fabricação.

Um «stock» real está reservado quando o seu emprego está previsto. Embora esteja em armazém, deve ser considerado como não disponível, a menos que possa ser reposto antes do começo da fabricação para a qual é destinado.

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b) Os «stocks» virtuais

ou «stocks» a receber, são aqueles que foram previstos para uma fabricação e encomendados a um fornecedor. Sendo aguardados numa data determinada, eles figuram no inventário permanente, mas não estão em armazém.

II – gestão dos «stocks»

Na maior parte das empresas, os «stocks» representam uma parte importante do capital. A gestão dos «stocks» constitui, pois, um problema de importância primordial, cujo estudo deu lugar às seguintes regras:

– os «stocks» devem ser suficientemente importantes para que em nenhum caso a fabricação seja entravada pela falta de matérias primas ou de materiais de consumo,

– pejo contrário, os «stocks», não devem ser demasiado elevados, a fim de evitar uma imobilização demasiado grande de capitais, e

– devem ser cuidadosamente vigiados para permanecerem em bom estado e conservarem o seu valor de compra.

Em resumo, um armazém bem administrado não é um armazém onde se encontra de tudo em profusão (o que seria, em matéria de gestão, uma heresia) mas, pelo contrário, deve ser um armazém onde se encontra de tudo, na quantidade necessariamente suficiente para fazer face às necessidades da fabricação.

a) O ponto de encomenda

O consumo duma fábrica em matérias primas e sobretudo em fornecimentos de consumo sofre flutuações /
22 / imprevisíveis e deve, portanto, fixar-se um «stock» mínimo, o qual faz actuar automaticamente uma encomenda. Utilizam-se, em geral, dois métodos, dos quais o primeiro, apesar do seu empirismo, dá muitas vezes bons resultados, tratando-se de peças pequenas. Prevêem-se nas gavetas fundos duplos, nos quais se coloca o «stock» mínimo. O chefe de armazém possui assim um «stock» de reserva para acudir às necessidades até à data do reabastecimento.

O segundo método consiste em possuir fichas de «stock» que dão a todo o momento a existência e anotar nessas fichas, por material, o número de unidade de peso ou de medida a partir do qual é indispensável passar encomenda.

A determinação do «stock» mínimo depende essencialmente do consumo do produto e do tempo necessário para o reabastecimento.

b) Quantidades a encomendar

Quando se passa uma encomenda de reabastecimento, é indispensável levar em conta a quantidade económica da compra, sendo o preço unitário, geralmente, tanto mais baixo quanto a quantidade de produtos comprados é maior. O montante das compras é, todavia, subordinado às possibilidades de caixa e às flutuações da conjuntura económica. Quando se prevê uma alta, comprar-se-ão certos materiais em quantidades mais importantes do que seria necessário, enquanto que, no caso contrário, nos contentaremos com o mínimo, a fim de poder aproveitar os preços inferiores quando dum abastecimento posterior.

(continua)

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