À LUÍSA FRANÇA
Eu já não sei fazer versos
Nestes anos tão diversos
Dos meus tempos de rapaz!
Só esta Luísa França
Me trouxe, agora, uma esperança...
Para ver se sou capaz.

É estudante aplicada,
Traz sempre a Iição estudada,
Pois é sensata, inteligente,
Só vive o mundo das Letras
E o resto são tudo tretas...
Na sua vida presente.

Desportista cem por cento,
A discutir com talento
A Bola... doença endémica...
E com amor e paixão,
Desgasta o seu coração
Pelo grupo da Académica.

Vive na idade do sonho...
E o seu dia é tão risonho
Como o sol da Primavera!
Como é doce a mocidade,
Viver a luz desta idade
No sonho de uma quimera!
                       Ti Miguel.

Cem por cento desportista,
Isso não tem discussão:
Nisso é ela uma artista!
Mas eu também gostaria
Que assim fosse em alemão,
Latim e filosofia.

Que gostasse da OPAN
E também do português;
Que fosse, enfim, campeã,
Em desenho e inglês.
Discutir futebol,
E em dia lindo de sol,
Ir ver jogar a Académica
Sem do resto estar segura...
É uma doença endémica
que o futebol não cura.

                        Do teu Pai.